Quinta-feira, 17 de julho de 2025

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Comportamento Nem os pais e nem os algoritmos entendem mais de 70% do que os adolescentes dizem

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A maneira como a Geração Alfa se comunica se tornou um problema sério. (Foto: Reprodução)

Embora, à primeira vista, possa parecer engraçado passar o dia ouvindo expressões como “mano”, “pai” e “bode expiatório”, já que, no fim das contas, a linguagem distorcida é algo que todos nós já usamos em algum momento da vida, na era digital, a maneira como a Geração Alfa se comunica se tornou um problema sério.

Não se trata apenas da surpresa de não entender o que as crianças e adolescentes nascidos desde 2010 estão dizendo, mas das implicações por trás desse choque cultural. De fato, chegamos a um ponto em que, de acordo com um estudo recente, nem mesmo os principais modelos de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT e o Gemini, conseguem decifrar o que eles querem dizer.

Apresentado em uma conferência recente, o estudo conduzido pela pesquisadora Manisha Mehta, de 14 anos, junto com outros 24 colegas, coletou 100 expressões populares da Geração Alfa e as dividiu em dois grupos. De um lado, estavam os modelos de linguagem mencionados anteriormente – como ChatGPT, Claude, Gemini e Llama. Do outro, estavam seus próprios pais. Ninguém entendeu quase nada.

Nenhum dos grupos conseguiu ultrapassar 70% de acerto. O Claude foi o único que ficou ligeiramente à frente dos pais, com 68,1% de precisão, contra 68% dos humanos. A linguagem digital dessa geração carece de registros anteriores suficientes para que a IA consiga interpretar as mensagens corretamente – o que se torna ainda mais complicado pelo uso de palavras com sentidos completamente diferentes do tradicional.

Talvez o melhor exemplo disso seja o termo “let him cook” (algo como “deixe-o fazer”), que, ao pé da letra, significa “deixe-o cozinhar”. O problema surge quando expressões adicionais adicionam uma camada de ironia que, por conta da diferença geracional, nem os pais nem os modelos de linguagem conseguem captar. Assim, “Fr fr, deixe-o cozinhar” funciona como uma mensagem de apoio genuíno, enquanto “Deixe-o cozinhar lmaoo” na verdade carrega um tom de zombaria depreciativa. É exatamente aí que, segundo o estudo, os problemas começam.

Como observa o artigo: “As descobertas destacam a necessidade urgente de melhorar os sistemas de segurança de IA para proteger melhor os usuários jovens, especialmente considerando a tendência da Geração Alfa de evitar buscar ajuda devido à percepção de que os adultos não compreendem seu mundo digital.”

Em um cenário em que nem algoritmos nem pais conseguem entender o que está sendo dito, o que se esconde é um risco real à segurança das crianças – com assédio e bullying disfarçados que os sistemas de moderação não são capazes de identificar. Os pais podem estar diante da situação, sem perceber que essas variações mínimas carregam mensagens de zombaria ou intimidação dirigidas aos próprios filhos. As informações são do site Minha Vida.

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