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Brasil No Brasil, 429 policiais civis, militares e federais deverão se candidatar para concorrer nas eleições de outubro

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Até o momento a PF não encontrou provas de envolvimento no atentado a Bolsonaro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O burburinho nos quartéis e nas delegacias não deixa dúvidas: no indefinido e polarizado cenário político do País, está em formação uma onda de candidaturas de militares e policiais civis e federais, um movimento sem precedentes na História recente do Brasil. Pelos dados disponíveis até o momento, pelo menos cem militares das Forças Armadas, entre eles oito generais, deverão concorrer a um cargo nestas eleições.

Estão se movimentando também para engrossar a nova bancada da “lei e da ordem” 50 policiais federais, entre eles 13 delegados, mais de 300 policiais militares, 52 policiais civis e pelo menos 40 inspetores da Polícia Rodoviária Federal, conforme levantamento feito pelo jornal O Globo entre entidades sindicais e líderes das categorias. Os dados não são definitivos. O registro formal das candidaturas só deve ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto.

Militares e policiais estariam, agora, tentando surfar no sucesso de público da Operação Lava-Jato, no clima de insegurança que reina no país e até mesmo na pré-candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à Presidência da República. O deputado tem aparecido em primeiro lugar nas pesquisas de opinião quando o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é excluído da disputa.

Ao mesmo tempo, a Segurança Pública, sempre listada esteve entre os temas que mais preocupam o eleitorado, ganhou uma nova dimensão. O último Atlas da Violência revelou que 62.517 mil pessoas foram assassinadas em 2016, um recorde na longa curva de crescimento da violência no país.

Efeito Lava-Jato

As entidades de policiais e militares calculam que o contingente de seus candidatos deve dobrar ou até mesmo triplicar nestas eleições em comparação com as de 2014. Para o general da reserva Antônio Hamilton Martins Mourão, não restam dúvidas de que o pleito deste ano terá um expressivo número de candidaturas de militares. Pelo menos dois generais vão disputar os governos de Distrito Federal e Ceará. Um terceiro deve concorrer ao governo do Rio Grande do Norte.

“Serão mais, muito mais candidaturas de militares. É aquela questão: existe uma demanda, e o pessoal resolveu participar. Até porque, se a gente quer mudar, só tem duas maneiras: ou é debaixo de pau, ou é fazendo o jogo”, afirma Mourão.

O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, confirma o boom de candidaturas de policiais federais. Segundo ele, 13 delegados vão concorrer a vagas de deputados estaduais, federais e senadores. O projeto é ampliar a bancada de delegados da PF, hoje composta por apenas dois deputados federais.

“A Lava-Jato mostrou a importância do combate à corrupção. Como a PF se destacou, isso encorajou delegados, agentes, peritos e policiais de todas as áreas a concorrer”, analisa o delegado.

O presidente da Associação Nacional de Praças, Elisandro Lotin, está ainda mais empolgado. Para ele, é forte o movimento nos quartéis das polícias militares pelo país. Ele estima que mais de 300 PMs vão se candidatar.

“Vamos ter o triplo de candidaturas de militares, o que se dá por causa do caos na Segurança Pública”, afirma.

Na corrida eleitoral, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) largou na frente. A entidade criou uma página na internet para promover a candidatura de seus afiliados e batizou-a de frentelavajato.com.br.

“É um dos efeitos da Lava-Jato, que deu visibilidade (à polícia) ao alcançar quem não era alcançado”, diz Luis Boudens, presidente da Fenapef.

 

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