Quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2020
As mulheres são a maioria no grupo de 53 participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 que tiraram a nota mil na prova de redação. Os dados foram divulgados na tarde desta sexta-feira (17) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No total, 3,6 milhões de redações da aplicação regular do Enem 2019 foram corrigidas e só 53 chegaram à pontuação máxima. Os candidatos homens são responsáveis por 21 dessas notas, enquanto 32 mulheres tiraram a nota mil.
As redações com nota máxima são de estados do Sudeste (24), Nordeste (17), Centro-Oeste (7), Sul (3) e Norte (2), veja a relação por estado: Alagoas (2); Bahia (1); Ceará (6); Distrito Federal (2); Goiás (4); Maranhão (1); Mato Grosso do Sul (1); Minas Gerais (13); Paraíba (1); Pará (2); Pernambuco (1); Piauí (2); Rio Grande do Norte (3); Rio Grande do Sul (3); Rio de Janeiro (6); São Paulo (4). Entre as regiões do Brasil, a maior parte dos inscritos no Enem está no Sudeste (35,2%), seguido por Nordeste (34,2%), Norte (11,7%), Sul (10,6%) e Centro-Oeste (8,3%).
Resultado do Enem 2019
O resultado do Enem 2019 foi divulgado na manhã desta sexta-feira (17). De acordo com o perfil divulgado pelo Inep, 17 estados brasileiros tiveram candidatos ou candidatas com a nota máxima na prova de redação. Minas Gerais é o estado com o maior número de candidatos com a nota máxima. Segundo os dados, 13 pessoas, que tiraram a nota máxima, vivem no Estado. Ceará e Rio de Janeiro, são os estados que vem após Minas, com 6 candidatos cada um. O Inep divulgou o gênero e a idade dessas 53 pessoas – o instituto não pode divulgar as notas de cada participante sem
autorização prévia.
Notas médias
A nota média das 3.709.809 pessoas que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 caiu nas quatro provas objetivas, em comparação com a edição anterior. Para calcular as notas, o Inep usa a Teoria de Resposta ao Item (TRI) – conjunto de modelos matemáticos que permite comparar edições anteriores da avaliação e avaliar os estudantes de forma coerente com os erros e acertos, detectando “chutes”. Já as redações são corrigidas uma a uma pelos mais de 5 mil avaliadores, conforme explicou o Inep.
Em redação, a nota média foi de 592,9. O número de candidatos com nota 1 mil caiu de 55 para 53 em relação a 2018. O número de redações nota zero aumentou de 112.559 para 143.736. Questionado sobre a queda das médias nas notas do Enem, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que o exame não pode ser usado para medir o ensino no país, mas que o resultado mostra que os alunos não evoluíram. “O ensino não avançou no Brasil. O resultado mostra que os alunos não apresentaram uma evolução ano contra ano, porque o pessoal votou no PT e tem a lápide da educação aqui embaixo, do Paulo Freire. É o paradigma do fracasso. Pior país da América do Sul. É isso”, declarou.
Entre os países da América do Sul avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), o Brasil não está nem entre os primeiros nem em último, considerando o desempenho geral. Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli, analisa que as médias das notas mostram uma estabilidade com tendência de queda em relação a 2018. “Me preocupa o início de queda, porque essa radiografia mostra que nós temos que atuar, urgentemente, para melhorar nossa educação básica”, destacou.