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Economia Nos Estados Unidos, ter um iPhone é sinal de riqueza

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A Apple está sendo enquadrada nos Estados Unidos e na França por reduzir o desempenho de iPhones antigos por anos. (Foto: Reprodução)

Ter um iPhone em 2016 era o melhor indicativo de que um consumidor pertencia ao clube dos mais ricos dos Estados Unidos, de acordo com estudo publicado em junho pelos economistas Marianne Bertrand e Emir Kamenica. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Ambos são professores da universidade Chicago Booth School of Business, e fizeram a pesquisa para identificar se houve mudança nos padrões de consumo nos EUA ao longo dos anos.

Em 2016, ter algum dos produtos da Apple (iPhone ou iPad) era forte indicativo de que o consumidor fazia parte do seleto grupo de alta renda nos EUA.

Segundo os pesquisadores, saber se alguém tinha um iPad em 2016 permitia supor corretamente se ele estava no quartil superior ou inferior das faixas de renda em 69% dos casos.

“Ao longo de todos os anos em nossos dados, nenhuma marca individual foi tão indicativa de pertencer à alta renda do que ter um iPhone da Apple em 2016”, afirmam os economistas no estudo.

O objetivo do estudo era medir a extensão da distância cultural ao longo de vários grupos americanos no tempo. Foram analisados recortes por renda, educação, gênero, raça e ideologia política. Os dados foram compilados do MRI, indicador de consumo.

Para ser considerado como integrante do quartil superior de renda, era preciso ser um adulto solteiro ou casal sem filhos, por exemplo.

A associação entre iPhone e consumidores de alta renda não é recente. Desde que o produto foi lançado, em 2007, o preço dos aparelhos tem selecionado o público final.

A versão mais recente, iPhone X, chegou a custar quase R$ 8.000 ao ser lançado no Brasil, no final de 2017.

Se em 2016 ter um aparelho da Apple era sinal de riqueza, em 1992 o símbolo de pertencer à alta renda era usar mostarda da marca Grey Poupon Dijon. Já em 2004, era consumir a manteiga da marca Land O’Lakes.

Em relação a produtos e comportamentos, também foram observadas mudanças entre os anos analisados.

A máquina de lavar louças era o maior indicativo de renda em 1992. Presumivelmente, os pobres não tinham máquinas de lavar louça porque não podiam pagar (ou não tinham espaço para elas), mais do que porque tinham uma preferência cultural por lavar a louça na mão”, afirmam, no estudo.

Ter uma lareira e uma secretária eletrônica também estavam na esfera do que diferenciava os mais ricos e mais pobres em 1992.

Já em 2016, fazer viagens dentro dos Estados Unidos era o maior divisor de renda. Ter um passaporte também, assim como fazer parte de um clube de milhagens aéreas. Metade dos principais indicadores de renda naquele ano eram relacionados a viagens, compilam os pesquisadores.

Os pesquisadores avaliam que, com poucas exceções, a extensão da distância cultural entre ricos e pobres ficou praticamente constante no tempo no que diz respeito a consumo de mídia, comportamento e uso do tempo.

A distância cultural é definida como a capacidade de prever se um indivíduo pertence a um dos extremos a partir do consumo de mídia em determinado ano.

Segundo o estudo, a diferença entre os extremos no consumo de revistas e programas de TV é maior que no que diz respeito a filmes.

Em 1998, por exemplo, para supor se uma pessoa era rica ou pobre, a melhor pergunta relacionada a filmes a fazer era se o consumidor tinha visto “Jerry Maguire: A Grande Virada”.

Pelos resultados, 35% dos ricos e 18% dos pobres assistiram ao filme. Com isso, supor se o espectador era rico a partir da resposta levaria a um acerto em 57% dos casos.

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https://www.osul.com.br/nos-estados-unidos-ter-um-iphone-e-sinal-de-riqueza/ Nos Estados Unidos, ter um iPhone é sinal de riqueza 2018-07-10
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