Por Redação O Sul | 4 de julho de 2018
Desde a adoção da nova política de preços dos combustíveis pela Petrobras, os valores da gasolina e do diesel nas refinarias subiu mais que o valor nas bombas. A mudança na frequência de reajustes pela estatal completou um ano na última terça-feira, 3 de julho.
De acordo com dados extra-oficiais, em um ano o preço da gasolina nas refinarias subiu 52,4%. Já o diesel teve alta de 49,9% no mesmo período. O objetivo da Petrobras ao reajustar os preços quase diariamente é o de acompanhar as cotações internacionais – influenciadas, dentre outros fatores, pelo câmbio e pelo valor do barril do petróleo. O repasse ou não dos reajustes finais para o consumidor depende dos postos.
Desde julho do ano passado (quando, além da mudança na política de preços da Petrobras, houve o anúncio do aumento de impostos sobre os combustíveis), o valor médio da gasolina nas bombas acumula alta perto de 28%. Já o diesel apresenta um avanço próximo de 24%.
O cálculo, com base nos dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e Biocombustíveis. Segundo a agência, o preço médio por litro da gasolina terminou o mês de junho em R$ 4,498 e o do diesel, em R$ 3,389.
O valor representa uma média calculada pela ANP, que verifica os preços em diversos municípios. Eles, portanto, podem variar de acordo com o local. No primeiro semestre, o preço da gasolina nas bombas subiu quase 10%, enquanto o do diesel avançou 1,9%.
O aumento do preço da gasolina no acumulado do ano está bem acima da inflação esperada para 2018. O último boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC (Banco Central) com as expectativas do mercado, apresenta estimativa de inflação de 4,38%, considerando-se o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Reajustes
Nessa quarta-feira, a estatal elevou em 0,9% preço da gasolina comercializada nas refinarias. Com isso, o preço da gasolina A passará de R$ 1,9854 por litro para R$ 2,0033 nesta quinta-feira. Na terça-feira, a petroleira manteve inalterado o preço do combustível.
Já o preço do diesel segue em R$ 2,0316 por litro desde o dia 1º de junho, quando a estatal reduziu em R$ 0,07 o valor. O compromisso foi originado pela greve nacional dos caminhoneiros, iniciada em 21 de maio. Uma das principais reivindicações da categoria era redução do preço do diesel.
Em março deste ano, a empresa mudou sua forma de reajustes e passou a divulgar preços do litro da gasolina e do diesel vendidos pela companhia nas refinarias – e não mais os percentuais de reajuste.
