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Política Nova compra bilionária do Exército brasileiro opõe chineses a aliados americanos

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Caesar francês é um dos blindados sobre rodas que podem ser adquiridos pelo Exército brasileiro.

Foto: Divulgação
Caesar francês é um dos blindados sobre rodas que podem ser adquiridos pelo Exército brasileiro. (Foto: Divulgação)

Após fechar um contrato de cerca de R$ 5 bilhões para comprar os blindados Centauro 2, o Exército brasileiro se prepara para uma nova aquisição bilionária que deve opor a China a fornecedores ocidentais. A Força Terrestre planeja adquirir, por meio de licitação internacional, 36 viaturas blindadas de combate obuseiros de 155 mm autopropulsados sobre rodas, um negócio estimado em cerca de R$ 1 bilhão.

No dia 14 de julho, o general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, chefe do Estado Maior do Exército, assinou portaria com os “requisitos operacionais absolutos e desejáveis” das novas viaturas que o Exército pretende comprar. O anexo 3 do edital, feito pelo Comando Logístico do Exército (Colog), traz 40 “requisitos operacionais absolutos” e 23 “requisitos operacionais desejáveis”, adaptando esse sistema de artilharia aos conhecimentos adquiridos no teatro de operações da Ucrânia.

Ao todo, 19 empresas se habilitaram para receber a documentação, entre elas a chinesa Norinco. Esses requisitos operacionais, porém, devem ser decisivos. Primeiro para desclassificar os fabricantes que usam calibres diferentes do padrão Otan (155 mm). Depois, os que forem ainda protótipos estarão fora. Por fim, o requisito operacional absoluto 33 determina que o produto deve “possuir meios de comunicações adotados no Sistema de Comando Controle da Força Terrestre 7/11”.

Compatível

É aqui que a Norinco deve enfrentar problemas. A maioria dos rádios veiculares adquiridos pelo Exército brasileiro para compor o Sistema Tático de Comunicações é da Harris Corporation, um fabricante americano. No campo de batalha, uma viatura blindada deve ter capacidade de se comunicar com outras viaturas, daí a necessidade de que o equipamento a ser comprado tenha rádio compatível com o que já existe no Exército.

A dor da cabeça dos chineses está na disposição de os americanos impedir sua expansão no Hemisfério Ocidental. Em 4 de agosto, a general Laura Richardson, do Comando Militar do Sul, deixou claro o esforço dos EUA nesse sentido.

Em entrevista, ela demonstrou preocupação com o que impediria empresas americanas de concorrerem na região com chinesas em licitações governamentais. “Temos de obter soluções ocidentais, soluções democráticas na área econômica. Somos capazes de investir na região. Estes são nossos vizinhos. O sucesso deles está inextricavelmente ligado à segurança deste hemisfério.”

Veto

Na prática, como mostrou a revista Tecnologia & Defesa, isso pode significar que, mais uma vez, os EUA vão pôr o seu veto na possibilidade de o sistema de comunicação de rádio dos obuseiros da Norinco conversar com os rádios de viaturas blindadas já existentes no Exército brasileiro, a maioria delas equipada com os rádios americanos da Harris.

Foi assim na concorrência internacional que terminou com o contrato de R$ 5 bilhões para a compra dos 98 blindados caça-tanques Centauro 2, do consórcio italiano Iveco-Oto Melara, em 2022. Os americanos vetaram a integração de seus rádios com o sistema do blindado chinês ST1-BR, também da empresa Norinco.

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https://www.osul.com.br/nova-compra-bilionaria-do-exercito-brasileiro-opoe-chineses-a-aliados-americanos/ Nova compra bilionária do Exército brasileiro opõe chineses a aliados americanos 2023-08-29
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