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Colunistas Nova empresa no mercado: Streck Coaching & Xingamentos Incorporation

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Unindo teoria e prática, curso, promovido pelo Sindha, irá capacitar profissionais para aprimorar o atendimento ao público estrangeiro. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Já escrevi aqui uma coluna falando do amadorismo dos hotéis brasileiros. Tão amadores que continuam, 99% deles, servindo café em térmicas ou em uma espécie de cambonas com torneirinha, igualando-se a qualquer churrascaria de beira de estrada que serve espeto corrido a R$ 18,90, com direito a um tang. Coisa mais patética é ver, no saguão dos hotéis, uma térmica com copos plásticos. Isso em hotéis médios e até superiores. Querem saber como se espanta um hóspede? Ofereçam café em máquina ou em térmica. Máquinas agora são moda. Para poupar pessoal. Fujam para o primeiro Starbucks que encontrarem. Que também não é grande coisa. Mas não serve café de máquina.

Nem vou falar da rede Íbis, que eu espero não ter de me hospedar nunca mais. Um hotel que possui frigobar…vazio. Isso provoca frouxos de riso no hóspede. E não tem toalha de rosto.

Mas hoje quero falar do amadorismo no atendimento nos mais variados campos do comércio. Vou a uma loja de vinhos. Pergunto por uma marca. Não tem. Em vez do funcionário oferecer outro similar, nada faz. Deixo o telefone. Ligue se encontrar. Não ligam. Fosse eu o vendedor e não encontrasse o vinho, ligaria e mandaria uma lista de similares.

Claro que o campeão do amadorismo é o supermercado Nacional, da Wal-Mart. Já fechou mais de 30 lojas no RS. Vale a pena ver os funcionários. Coitados (nos dois sentidos da palavra). Sem motivação. Quero comprar um destilado. Só tem a caixa. Levo-a ao Caixa para que peguem o líquido. Só tem a caixa. Nem preciso falar que o funcionário sequer pediu desculpas. Isso depois de 20 minutos esperando pela volta do menino que fora ao depósito. Claro que o Wal-Mart tem de fechar.

Fosse eu Presidente da República, extinguiria o 0800, que agora é 3003, 4004, etc. O cliente já não pode nem mais ligar “grátis”. E só se fala com máquinas. NET, Itaú, Santander…um tormento para o cliente. Disque 1 para ser um idiota, etc. O que impressiona é o analfabetismo funcional dos “colaboradores”. Normalmente são terceirizados. Atendem com um barulhão no fundo. Quase não se consegue ouvir o atendente. Que nunca consegue resolver o seu problema.

Assisti ao filme “Eu, Daniel Blacke”, ganhador da Palma de Ouro. Por favor, vejam este filme. Ele mostra o que é a “era da técnica” e de como o homem vira suco na engrenagem da burocracia pós-moderna e terceirizada. Não vou dar spoiler. Tem no Now da NET. Vale gastar os dez reais do aluguel.

Fosse eu legislador, faria uma lei colocando como pena por mau atendimento a obrigação de a diretoria do banco, da NET, dos cartões de crédito, etc, assistirem dez vezes o filme Eu, Daniel Blacke.

Fosse eu dono de loja, contrataria minha empresa de coaching, que se chama “Streck Coaching & Xingamentos Incorporation”. Que nos cursos que ministra não serve café em térmica e nem em copos plásticos, que, além de estragarem o já gosto ruim do café em térmica, provocam dano à natureza. Mais: minha empresa tem atendentes treinados que não usam gerúndio e não há barulho no fundo. Bingo. Meus funcionários não pedem os dados duas vezes do cliente. E que atendem, mesmo. Não tem tecle 1 ou 2 ou retorne para o menu. No meu curso quebramos tabus, inclusive essa bobagem que inventaram de que o atendente deve pedir o nome da pessoa. Não há intimidade entre atendente e freguês. Trata-se de uma relação de comércio. Não pergunte se o sujeito é gremista ou colorado ou prosaiquices desse jaez.

O lema da empresa SC&XInc está baseado em dois clássicos: Paulo Brossard e Tom Jobim. Do primeiro: “Olá, dr. Paulo, o que há de novo?” Resposta: “De novo só essa nossa recentíssima intimidade”. Do segundo: “Maestro, como quer que eu corte o seu cabelo?”. Resposta: “ Em silêncio”. Bingo. “Streck & Bingo Incorporation”: eis a filial que abrirei. Nas montanhas. Estocando alimentos. Ah: estou vendendo franquias. Na verdade, “franchaisingui”.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/nova-empresa-no-mercado-streck-coaching-xingamentos-incorporation/ Nova empresa no mercado: Streck Coaching & Xingamentos Incorporation 2017-09-08
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