Quarta-feira, 27 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2025
A disputa judicial entre Luiza Brunet e o empresário Lirio Albino Parisotto, seu ex-marido, ganhou um novo capítulo com a entrega de um laudo pericial contábil que confirmou prejuízos financeiros acumulados pela artista em razão da violência doméstica sofrida em 2016. Na ocasião, ele desferiu um soco no rosto dela. O documento foi anexado ao processo que tramita na 36ª Vara Cível de São Paulo, e a modelo pede R$ 1 milhão de indenização.
O processo ao qual o Notícias da TV teve acesso se inicia em uma sentença penal condenatória transitada em julgado, que reconheceu Parisotto como culpado pela agressão cometida contra Brunet em maio de 2016. A decisão abriu caminho para a chamada “ação civil ex delicto”, instrumento jurídico pelo qual a vítima de crime busca reparação financeira pelos danos sofridos.
Gravidade do episódio
Na ação, Luiza Brunet pede uma indenização de R$ 1 milhão, valor que, segundo sua defesa, seria compatível com a gravidade do episódio e com os efeitos diretos que o caso teve sobre sua carreira e sua imagem pública. O empresário, por sua vez, contesta o pedido e argumenta que não existe comprovação suficiente de que as oportunidades profissionais da artista foram afetadas exclusivamente pelo episódio de violência.
O laudo pericial, elaborado pela contadora judicial Fernanda Marcellos Ferreira Ayres, aponta que houve, sim, impacto mensurável na vida profissional da ex-modelo, incluindo perdas financeiras decorrentes de contratos interrompidos ou não firmados após a repercussão do caso. O documento destaca ainda que os prejuízos patrimoniais se somam aos danos morais, que já haviam sido reconhecidos na esfera criminal.
Perícia técnica
A perícia técnica reforça a tese da defesa de Luiza Brunet de que a agressão não teve apenas reflexos íntimos, mas também profissionais. Segundo o relatório, houve abalo de reputação e dificuldades de recolocação em projetos, elementos que justificam o pleito indenizatório.
A avaliação detalha que, em situações como essa, os efeitos negativos à imagem de uma figura pública podem se estender durante anos, comprometendo sua atividade principal –e, consequentemente, sua renda.
A defesa de Parisotto sustenta que o valor pedido é desproporcional e que não haveria provas de que a perda de contratos decorreu exclusivamente do episódio de agressão. O empresário busca reduzir ou até afastar a indenização.
A decisão final caberá ao juiz responsável pelo caso, que deverá analisar os elementos apresentados por ambas as partes, incluindo o laudo pericial, os documentos financeiros anexados pela defesa e os argumentos da contestação. Até que haja uma sentença, a disputa continua em aberto.