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Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2016
O novo delator da Operação Lava-Jato Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, confirmou à PGR (Procuradoria-Geral da República) o pagamento de 10 milhões de reais ao ex-presidente do PSDB senador Sérgio Guerra (PE) – morto em 2014 – para “abafar” a CPI da Petrobras de 2009, às vésperas do ano das eleições presidenciais em que Dilma Rousseff chegou ao Palácio do Planalto.
A revelação sobre o repasse milionário ao então número 1 do PSDB foi inicialmente revelada em agosto de 2014 pelo primeiro delator da Lava-Jato, engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Segundo Costa, o dinheiro foi providenciado pela empreiteira Queiroz Galvão. O doleiro Alberto Youssef, que também fez delação, já havia confirmado o pagamento ao PSDB. O partido nega ter recebido valores ilícitos. A empreiteira reiteradamente tem negado o repasse.
Ceará fez 19 depoimentos à PGR, entre 29 de junho e 2 de julho de 2015. No trecho em que fala dos 10 milhões de reais para o PSDB, ele apontou o ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010 e apontado como mentor do esquema de propinas na Petrobras. O PSDB nacional foi procurado e não respondeu aos questionamentos. Em outra ocasião, divulgou nota defendendo que o caso seja investigado. “O PSDB defende que todas as denúncias sejam investigadas com o mesmo rigor, independente do partido.” (AE)