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Mundo O novo presidente da Argentina disse que vai enviar um projeto para deixar de ser crime o aborto naquele país

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Além de Fernández, isolaram-se preventivamente outros membros do governo. (Foto: Divulgação)

O presidente recém-eleito Alberto Fernández afirmou que tentará fazer “sair o mais rápido possível” a descriminalização do aborto na Argentina. Ele anunciou que “haverá um projeto de lei enviado pelo presidente” assim que ele assumir o governo do país. A posse do novo presidente será no dia 10 de dezembro.

“Não depende apenas de mim, mas sou um ativista para acabar com a criminalização do aborto”, disse ele.

Fernández disse em uma entrevista que gostaria que o debate sobre o aborto “não fosse uma disputa entre progressistas e conservadores, entre revolucionários e retrógrados”. O presidente eleito destacou que este é um problema de saúde pública, que deve ser resolvido com este aspecto.

Na última semana, Fernández foi à Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires e participou da apresentação do livro “Somos Belén”, obra da escritora Ana Elena Correa, que conta a história de uma jovem de Tucuman que passou três anos presa por ter sofrido um aborto espontâneo .

“Não podemos continuar condenando as mulheres como aconteceu com Belém, que nem sabia sobre sua gravidez. Como podemos viver nessa sociedade? Como podemos ver isso e não reagir?”, questionou Fernández.

O presidente eleito afirmou que é preciso respeitar o direito que a mulher tem sobre o seu corpo, assim como sua crença caso ela acredite que é errado abortar.

Apoio dos argentinos

Uma pesquisa divulgada neste domingo, dia 18, indica que 59% dos argentinos apoiam a descriminalização do aborto. O índice favorável vem no momento em que o Congresso está analisando pela primeira vez , em toda a História do país, um projeto que busca legalizar a interrupção voluntária da gravidez.

O estudo, realizado pela Anistia Internacional Argentina e pelo Centro de Estudos de Estado e Sociedade (Cedes), informa também que 70% consideram importante que o Congresso discuta o tema.

“Muito se tem dito sobre se a sociedade está ou não pronta para discutir o aborto, e as opiniões são contundentes: para a população, esta é uma questão importante e, aliás, a maioria concorda com a descriminalização”, disse Mariela Belski, diretora executiva da Anistia Internacional Argentina.

A pesquisa mostrou que 63% das pessoas no país consideram que a Igreja Católica, a religião majoritária por lá, deve permanecer de fora da discussão parlamentar, enquanto 23% disseram que a Igreja precisa ter influência no debate.

Quando perguntados se conheciam alguém que já realizou um aborto, 48% dos entrevistados responderam que sim.

A pesquisa foi realizada por telefone entre os dias 3 e 5 de março e cobriu um total de 1.561 entrevistas com pessoas com mais de 16 anos de idade.

Na Argentina, o aborto é autorizado somente quando a vida da mulher está em perigo ou quando a gravidez é resultado de um estupro. No Brasil, além de essas duas situações, a lei prevê que o aborto é legal no caso de o bebê ter anencefalia.

De acordo com várias ONGs, das 500 mil mulheres que abortam todos os anos na Argentina, cem morrem, a maioria delas de baixa renda, razão pela qual muitos consideram a questão um problema de saúde pública.

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