Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 2 de julho de 2016
Os novos desdobramentos da Operação Lava-Jato fecharam o cerco ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e praticamente enterraram as chances que o peemedebista tinha de reverter a recomendação de cassação de seu mandato feita pelo Conselho de Ética da Câmara.
A avaliação é de parlamentares de diversos matizes e até por alguns dos principais aliados de Cunha. Mesmo integrantes do governo do presidente interino, Michel Temer, reconhecem que a situação do deputado afastado chegou ao limite.
O Planalto vinha monitorando a repercussão das notícias que vinculavam Temer a Cunha. Os resultados, afirmou um auxiliar do presidente interino, mostram que o deputado peemedebista se tornou uma figura “tóxica”. O monitoramento das redes sociais mostrou que a divulgação de um encontro entre Temer e Cunha na residência oficial do interino em Brasília, no dia 26 de junho, recebeu 93% de menções negativas em comentários na internet.
Com algum esforço foi possível classificar 6% dessas interações como neutras. Ainda assim, o Planalto se esforçou para, desde que o encontro ocorreu, dar demonstrações públicas a Cunha de que ele não havia sido abandonado. A iniciativa, no entanto, também foi por água abaixo com as novas acusações. (Folhapress)