Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 16 de abril de 2025
No Rio Grande do Sul, 88% dos domicílios permanentes ocupados estavam em áreas urbanas
Foto: Zack Stencil/Ministério das CidadesO número de domicílios no Rio Grande do Sul aumentou 25,6% entre 2010 e 2022. O número contrasta com o crescimento da população, que foi de apenas 1,8%.
Conforme o Censo Demográfico de 2022, quase um quarto das moradias (22,3%) eram ocupadas por apenas um indivíduo no Estado. No Brasil, o percentual era de 18,9%. Se no Rio Grande do Sul, em 2010, a média de moradores em domicílios particulares ocupados era de 3,64, em 2022, ela atingiu 2,54.
A análise está presente na publicação Cadernos RS no Censo 2022 – Domicílios, divulgado nesta quarta-feira (16) pelo governo estadual. O material apresenta dados e informações do censo relacionados ao Rio Grande do Sul através de gráficos, tabelas e textos. Além do resultado geral para o Estado, são apresentados os principais destaques municipais.
Os cadernos serão produzidos conforme os dados sejam divulgados pelo IBGE, o que ocorrerá ao longo dos próximos anos por temas. A edição de estreia, lançada em dezembro de 2024, trouxe informações sobre a população gaúcha.
No Rio Grande do Sul, 88% dos domicílios permanentes ocupados estavam em áreas urbanas, percentual ligeiramente menor do que a média nacional, que é de 83,3%.
Em 2022, cinco municípios no Estado possuíam 100% dos domicílios em área urbana, quatro deles localizados na Região Metropolitana de Porto Alegre (Alvorada, Cachoeirinha, Canoas e Esteio) e um no Litoral (Imbé).
Entre 2010 e 2022, o número de domicílios de uso ocasional no RS, como casas de veraneio, aumentou 49,4%. Nove dos dez municípios com mais domicílios nessa categoria estavam localizados no Litoral. Arambaré, que ocupa a 8ª posição no ranking, não tem ligação com o mar, mas está localizado às margens da Lagoa dos Patos. Ocupam o pódio dos municípios com maior incidência de domicílios de uso ocasional Arroio do Sal (72,4%), Xangri-lá (70,7%) e Cidreira (68%).
De acordo com o Censo Demográfico de 2022, os homens eram a maioria dos moradores de domicílios coletivos tanto no Brasil quanto no Estado: 77,9% e 65,4% do total, respectivamente. Ao todo, mais de 60 mil pessoas vivem em domicílios dessa categoria no Rio Grande do Sul, com destaque para penitenciárias e similares (24.379 moradores), asilo ou outra instituição para idosos (22.359) e hotel ou pensão (2.937).
Os homens também são maioria quanto aos moradores de domicílios improvisados: representam 56% no País e 57,9% no estado. Os domicílios improvisados, que incluem situações como pessoas que moram dentro de estabelecimentos comerciais em funcionamento ou em tendas e barracas, abrigavam 5.828 gaúchos em 2022, o que representa 0,1% da população. Apesar do número reduzido, o dado merece atenção, uma vez que representa uma parcela vulnerável dos cidadãos.
No Brasil, em 2022, 98,1% dos domicílios possuíam banheiro de uso exclusivo no domicílio. No RS, esse percentual era de 99,6%. Em relação ao abastecimento de água, 86,6% dos domicílios gaúchos possuíam ligação à rede geral e a utilizavam como forma principal; 4,2% possuíam ligação à rede geral, mas utilizava principalmente outra forma; e 9,2% não possuíam ligação com a rede geral. Em relação ao destino do lixo, 95,5% dos domicílios do Estado tinham coleta por serviço de limpeza, seja na residência ou em caçamba.
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