Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Celebridades “Nunca fui submissa na vida”, disse a cantora Fafá de Belém

Compartilhe esta notícia:

Fafá de Belém, prepara sua biografia. “Minha memória é foda, para o bem e para o mal”, diz. (Foto: Reprodução/Instagram)

Rumo aos 45 anos de carreira, a cantora Fafá de Belém, prepara sua biografia. “Minha memória é foda, para o bem e para o mal”, diz. Quem vai escrever ainda não está decidido, mas o que não faltam são histórias para contar.

A Musa das Diretas Já chegou a ser chamada de “pé frio” depois da campanha, foi responsabilizada pela morte de Tancredo Neves e considerada “de direita” por muita gente da esquerda. Na época, ameaçaram até sequestrar sua filha, Mariana. “Cada vez que acontecia, meu segurança a enrolava em um cobertor e a colocava no carro para levá-la à casa de alguém”.

Calejada, hoje prefere não se posicionar politicamente. “Não me animei a levantar nenhuma bandeira. Só vejo ódio, e democracia é a convivência entre contrários”, diz.

Aos 62 anos, anda animada mesmo é com a música. Vai lançar um disco com canções inéditas, “femininas”, a maioria composta por mulheres. Batizado de “Humana”, o álbum tem previsão de lançamento para março e é, segundo Fafá, mais introspectivo.

“A gente, às vezes, fica estigmatizada. É mais fácil pegar um bom refrão e sair cantando por aí. Mas quero falar de angústias, dores, recados. Estou nessa vibe.”

Antes disso, no dia 16 de fevereiro, faz show no Vivo Rio, onde nunca pisou. Será o encerramento da turnê “Guitarrada”. “É uma festa com músicas do Pará, tem uma felicidade embutida. Sou fruto disso.”

1) Você sempre se posicionou muito politicamente, mas nessa eleição ficou calada. Por quê?

Tirei férias no Natal e só voltei de Lisboa no dia 4. Quase não tenho ficado no Brasil. Sempre fui bem participante, mas, observando o quadro, não quis levantar nenhuma bandeira. O marketing virou uma peça mais importante do que a verdade. Bolsonaro foi eleito pela maioria do povo, de forma democrática. Temos que torcer para o Brasil melhorar, porque chegamos ao fundo do poço.

2) Teme a volta da ditadura?

Acho impossível. Quando se respira liberdade, vai-se atrás dela. Mas o que é liberdade para um pode não ser para o outro. O cara que é escravo do salário e paga metade dele de impostos e não tem hospital, não tem segurança, ele tem liberdade? Não. Foi isso que nós prometemos lá atrás. Somos uma democracia muito jovem. Como qualquer criança, a gente cai, levanta, aprende. Fundamental é o diálogo.

3) Quais são suas preocupações em relação ao novo governo?

A Amazônia e o ministro do Meio Ambiente (Ricardo Salles). A declaração de que vai fazer da Amazônia um grande celeiro do agronegócio é grave. Se acabar com esse ecossistema, vai desertificar o lugar. Um olhar sulista sobre lá é inadmissível. Só quem sabe somos nós que nascemos no Pará. A ministra Damares também foi muito infeliz. Jamais usarei cor-de-rosa e acho que não vão conseguir tirar dos LGBTQI o que conquistaram. Uma mulher não faz um aborto porque quer. Uma mulher responsável por um ministério como esse tem de proteger e entender essas meninas sem instrução que são abusadas.

4) É a favor da legalização do aborto? Já fez algum?

Eu nunca fiz. Temos que descriminalizar o aborto. Legalizar é outra questão. Não pode a pessoa, do nada, estar de bobeira e querer abortar! Pelo amor de Deus! É preciso ter controle sobre o próprio corpo. Há várias formas de se evitar uma gravidez. O que me preocupa é a menina que não tem informação e não se preserva nem toma pílula, e acaba indo numa aborteira que faz lavagem de soda cáustica ou o método do tricô, e volta “estrupiada” para o serviço público.

5) O que mais a aborrece nesses tempos?

As palavras de ordem, opiniões sem conteúdo… E donos da verdade. Não pode achar que só a sua democracia vale e a do outro, não. E o que é essa felicidade toda no Instagram? Puta que pariu! Também fico incomodada com filtro de Photoshop nas fotos, sabe? Gente! Quando você encontra uma pessoa, aparece sem filtro. É o que eu acho.

6) É vaidosa? Como lida com a idade?

Sou! Todo viado adora espelho! (risos). Sou leonina. Tenho o feminino forte, nunca fui submissa na vida. Não dizer idade, acho besteira, ruga, também. Não me martirizo. Quando botei botox, fiquei com a cara do Jader Barbalho (gargalha). Não faço mais. Mas já fiz lipo e viajo com bota de drenagem. Tenho problema de circulação. Só na cara que não mexo. Não posso não me reconhecer. A cara carrega a vida que a gente leva.

7) Você está namorando?

Não tenho só um namorado, tenho vários (risos). Sou uma mulher de paixões, apaixonada pela vida, principalmente. Não me vejo casada. Na verdade, nunca me vi. O que não gosto, afasto de mim.

8) Como será sua biografia?

Alguém vai ter que escrever, ainda não sei quem. Começo a gravar áudios mês que vem e preciso achar a pessoa para quem vou dar esses depoimentos. Você vai ver que eu sou uma pessoa normal, desço e tomo café na esquina. Saí de casa com 16 anos, sempre morei sozinha e fui independente. Minha família é minha banda. Minha filha foi criada pelos meus músicos. Mas nunca levei Mariana para a estrada. Sempre vivi uma vida bem regrada.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Celebridades

Barrigão de Meghan Markle chama a atenção em aparição pública
Após 35 anos e acusação de assédio sexual, José Mayer deixa a TV Globo
https://www.osul.com.br/nunca-fui-submissa-na-vida-disse-a-cantora-fafa-de-belem/ “Nunca fui submissa na vida”, disse a cantora Fafá de Belém 2019-01-15
Deixe seu comentário
Pode te interessar