Terça-feira, 07 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de julho de 2021
Regina Célia foi questionada sobre "pressões" para a compra da vacina indiana
Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoA servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira, fiscal do contrato da Covaxin, negou à CPI da Covid, em depoimento nesta terça-feira (06), que tenha sofrido qualquer tipo de pressão dentro da pasta para liberar a compra das doses da vacina indiana contra o coronavírus.
“Nunca sofri pressão em relação a esse processo. Nunca recebi nenhuma pressão em relação a esse processo”, declarou Regina Célia em resposta ao relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Ela é a fiscal que autorizou o avanço das negociações. A servidora avalizou, por exemplo, que o laboratório indiano Bharat Biotech enviasse apenas 3 milhões de doses na remessa inicial, quando o combinado era o envio de 4 milhões.
Os envios não foram concretizados e, por isso, nenhum valor foi pago pelo governo brasileiro nesse contrato. Há uma semana, após denúncias de irregularidades, o Ministério da Saúde decidiu suspender a compra da Covaxin.
Regina Célia foi questionada sobre “pressões” na contratação porque outro servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, relatou à CPI e ao Ministério Público Federal ter sofrido “pressões atípicas” para liberar a importação da vacina.
O imunizante é o mais caro negociado pelo governo até agora. As negociações para a aquisição da Covaxin são investigadas pela CPI da Covid, pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União.