Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de julho de 2018
O Censo Agropecuário, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que o acesso à internet no campo cresceu nada menos que 1.790% em relação ao último levantamento de 2006. Hoje, estão conectados mais de 1,4 milhão de produtores rurais e a internet virou uma ferramenta importante para os negócios.
O campo é o escritório da produtora Etelzi Souza, que produz plantas ornamentais em uma chácara no distrito de Iguatemi, em Maringá. Pela internet, ela vende para todo canto do país. São duas estufas com mais de 10 mil vasos das chamadas suculentas, que viraram moda e têm procura o ano inteiro.
Graças às redes sociais, essas plantinhas estão sendo vendidas não só para o Brasil inteiro, mas até para outros países, como Paraguai e Argentina. Toda a transação entre a produtora e os clientes é feita antes pela internet, inclusive o pagamento.
Em outra propriedade, em Engenheiro Beltrão, o clique é no celular. A agricultora Barbara Mahnic postou uma única foto da horta nas redes sociais e tudo mudou. “Era uma horta pequena pra consumo. A gente bateu uma foto e graças a Deus tudo começou a caminhar”, conta.
Foi assim que ela e o marido Carlos começaram a produzir hortaliças para vender. Essa passou a ser a principal renda do casal, que colhe 150 quilos por semana. Depois da venda feita pela internet, as verduras recém-colhidas são levadas na casa do freguês. “É bem mais prático do que fazer uma ligação. Você manda uma mensagem e eles já trazem em casa na hora. É vapt vupt”, diz a compradora Daiane de Lima.
Animada com os negócios, Barbara montou na cidade uma cozinha industrial, onde passou a picar as verduras e os pedidos aumentaram. O resultado final do Censo Agropecuário será divulgado pelo IBGE em junho do ano que vem.
Quinta geração
A Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) está considerando antecipar para 2019 a definição de padronização da tecnologia móvel de quinta geração (5G). A agência havia informado que começaria a leiloar frequências apenas em 2020. Nas próximas semanas, já deverão ser iniciados os testes com o 5G, na faixa de 3,5 Gigahertz (GHz).
O diretor da Anatel Leonardo de Morais informou que representantes de operadoras de celular e satélite, emissoras de TV aberta e fabricantes de equipamentos já se envolveram nos trabalhos de preparação técnica.
Morais, que é presidente do comitê de espectro e órbita da Anatel, disse que a principal preocupação é de não deixar que a oferta da nova tecnologia prejudique a recepção dos canais de TV aberta transmitidos por antena parabólica, difundida principalmente na zona rural. O setor estima 20 milhões de domicílios no Brasil ainda contam com a recepção de sinal via satélite para assistir televisão.
“Os testes que devemos proceder, tanto de laboratório quanto em campo, visam justamente avaliar a possibilidade de convivência. Estou bastante confiante de que vamos chegar a resultados confiáveis”, disse Morais, após reunião do conselho diretor da Anatel. De modo geral, o 5G pode oferecer velocidades de download de 10 a 20 vezes mais rápidas que o 4G, que, no Brasil, pode chegar a 45 Mbps.