Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2020
“Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer…”. Não está no gibi a quantidade de gente que já está em contagem regressiva para cantar a música-símbolo do réveillon, de David Nasser e Francisco Alves, e, claro, se despedir de 2020 com um merecido “já vai tarde”.
Mas o fato é que ainda faltam 80 dias para a tão esperada virada e não dá para ficar de braços cruzados e usar a pandemia de covid-19 como desculpa por não ter cumprido as promessas feitas em 31 de dezembro de 2019.
Se você não conseguiu emagrecer e, pelo contrário, ganhou uns quilos a mais na quarentena, não se desespere! Ainda dá tempo para fazer o ponteiro da balança descer.
Se aquele desejo de ostentar uma boa forma digna dos atletas também foi paralisado em março, corra (literalmente, inclusive), pegue um tênis, uma roupa apropriada e comece a malhar. Vale fazer exercícios on-line, ao ar livre ou em uma academia. A reforma da casa foi adiada devido ao distanciamento social? Siga todos os protocolos de segurança e contrate um profissional para dar uma renovada no ambiente; afinal, a convivência entre você e o seu imóvel foi tão íntima nos últimos meses que já deu para cansar de olhar a mesma pintura na parede, os mesmos móveis, a falta de prateleiras novas… Se não for o caso de contratar alguém, arregace as mangas, procure um bom tutorial na internet e dê uma repaginada no seu lar, doce lar. E como conhecimento é necessidade essencial, que tal investir naquele curso de inglês que faz uma falta danada? Até dezembro, pelo menos, o “the book is on the table” vai estar na ponta da língua.
Viva intensamente os 80 dias que ainda faltam para a noite do tão desejado adeus e mexa-se, porque 2020 ainda não acabou!
A nutricionista Fernanda de Almeida constatou que seus pacientes ganharam peso durante a quarentena e garante que dá tempo de correr atrás do prejuízo para brindar a chegada de 2021 com a silhueta mais enxuta:
“Houve uma mudança de comportamento alimentar durante a pandemia porque as pessoas, de um modo geral, descontaram as suas ansiedades e frustrações na comida e, consequentemente, engordaram. Alguns pacientes chegaram no consultório com dez quilos a mais. Em média, as pessoas engordaram quatro ou cinco quilos. Para reverter esse quadro, é preciso descascar mais e desembalar menos, ou seja, consumir alimentos naturais, como legumes, verduras, frutas, proteínas e cereais, é primordial. Evitar bacon, queijos amarelos, carne bovina gorda, margarina, nuggets, comidas congeladas, biscoitos recheados, doces em geral e temperos prontos também é uma necessidade inegociável. No mais, a dica é unir essa mudança alimentar com a prática de atividades físicas e a ingestão de dois litros de água por dia.”
“O ideal é que, entre uma refeição e outra, o paciente coma gorduras boas, como castanhas-do-pará e de caju, frutas ou um iogurte natural. Caso bata aquela vontade de comer um bolo, substitua, por exemplo, a farinha de trigo por farelo de aveia, o açúcar refinado por mascavo. Trocas inteligentes ajudam no emagrecimento”, ensina a nutricionista.
A máxima sobre não adiar os planos de levar uma vida saudável também vale para a prática de atividade física. Mas o personal trainer Luiz Felipe Machado alerta que malhar por um tempo excessivo ou com cargas inapropriadas pode ser perigoso para o bem-estar.
“Ter pressa em alcançar objetivos estéticos é preocupante. Quem ficou cinco meses ou mais sem malhar, voltou a ser sedentário, então não deve compensar o tempo perdido com carga alta. Retomar os treinos ou dar início à prática de exercícios faz muito bem, mas com calma e sob a orientação de um profissional da área”, ensina Machado.
Se a reforma mais urgente é em casa, a hora também é agora. Afinal, o lar tem sido o nosso companheiro mais fiel em tempos de pandemia. O arquiteto Gabriel Loureiro percebeu que cada vez mais as pessoas têm investido em conforto e praticidade, já que a quarentena jogou luz sobre os espaços que não eram bem aproveitados e também sobre o que diz respeito às necessidades da família para um convívio físico mais harmonioso.
“Ficar em casa 24 horas por dia fez despertar nas pessoas o desejo de morar com mais conforto. E a vontade de ter opções de lazer dentro da residência. Quem tem um quintal, por exemplo, está planejando colocar uma churrasqueira. Percebo que muita gente está sentindo necessidade de organizar melhor os espaços. Mas, sem dúvida alguma, o maior investimento é em montar uma boa estrutura para trabalhar em casa”, diz Loureiro.