Domingo, 19 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2022
A demanda de voos domésticos no Brasil em julho atingiu os níveis pré-pandêmicos, de acordo com dados divulgados pela Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos, na sigla em inglês). O nível está 0,9% maior do que o registrado em julho de 2019.
Na comparação com julho do ano passado, a alta foi de 24,2%. Os voos domésticos brasileiros representam 1,9% do mercado global.
O aumento de voos internos no Brasil este ano está abaixo do registrado na Austrália (239,7%), no Japão (104%) e na Índia (97,8%), mas acima dos Estados Unidos (que tiveram elevação de apenas 0,7%) e da China, país no qual houve queda de 25,2%.
Na América Latina, o tráfego das companhias aéreas aumentou 59,2% em julho em relação ao mesmo mês de 2021. Em voos internacionais, o avanço anual foi de 119,4% na mesma base de comparação, bem abaixo do registrado na região Ásia e pacífico (aumento de 528,8%), mas acima da África (84,8%).
A oferta global de voos foi 23,6% abaixo de julho pré-covid, em 2019. Em relação ao mesmo mês de 2021, houve crescimento de 37,3%. “O desempenho de julho continuou forte, com alguns mercados se aproximando dos níveis pré-covid, mesmo com restrições em partes do mundo que não estavam preparadas para a velocidade com que as pessoas voltaram a viajar. Ainda há mais terreno para recuperar, mas este é um excelente sinal”, disse o diretor-geral da Iata, Willie Walsh.
A demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais registrou aumento de 58,8% em julho, em relação a igual mês do ano passado. A taxa média de ocupação das aeronaves ficou em 83,5%, um crescimento de 11,3 pontos percentuais.
Globalmente, as reservas indicam tendência de alta em voos domésticos, diz Walsh. Já as reservas internacionais perderam impulso diante de dados sazonais, como o fim do verão no Hemisfério Norte.
O transporte aéreo global de cargas retraiu 9,7% em julho, em comparação ao mesmo mês em 2021, mas a oferta de capacidade para essa atividade teve alta de 3,6% diante de julho de 2021. “Os dados nos mostram que a carga aérea continua se mantendo, mas, como é o caso de quase todas as indústrias, precisaremos observar cuidadosamente os desenvolvimentos econômicos e políticos nos próximos meses”, conclui Willie Walsh. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Abear.