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Economia Banco Central deve aumentar a taxa básica de juros para 3,5% ao ano

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Nova taxa Selic desagradou parte do mercado, que defendia um aperto maior na Selic. (Foto: EBC)

Marcada para esta terça (4) e quarta-feira, a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve definir a nova Selic, a taxa básica de juros ao ano. A expectativa dos analistas de mercado é de que o colegiado cumpra a promessa de elevar o índice de 2,75% para 3,5%, por conta da pressão inflacionária.

Boa parte dos especialistas dão a alta como certa. Isso porque em março, no último encontro, o Comitê não apenas elevou a Selic de 2% para 2,75% como prometeu para maio um aumento de de 0,75 ponto percentual. O presidente do banco, Roberto Campos Neto, declarou recentemente que o ajuste só será reavaliado se acontecesse “algo extraordinário”, o que não foi o caso.

“O BC foi muito claro na comunicação, de que pretende dar 0,75 ponto percentual, a menos que houvesse uma piora grande dos fundamentos”, ressalta uma fonte ligada ao mercado de capitais, que acrescenta:

“O que vimos de lá para cá foi um IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] um pouco melhor na margem e o fim do impasse do orçamento federal. Não foi a solução ideal, mas foi uma solução. Então, não vemos uma piora”.

NA avaliação do economista-chefe do Banco Original, Marcos Caruso, o Copom deixou bastante claro que o ajuste seria de 0,75 ponto percentual, e as mudanças que ocorreram desde então não tiveram grande impacto. “Então, a decisão dessa reunião parece ser ponto pacífico. A discussão mais interessante estará na sinalização dos próximos passos do colegiado”, acrescenta.

Ele lembrou que o BC começou a subir os juros para conter a alta da inflação, mas também indicou que faria uma “normalização parcial” da Selic neste ano. Isto é, não subiria a Selic a ponto de chegar à taxa neutra, que hoje está em torno de 6% a 6,5%.

O economista diz, no entanto, que essa normalização pode ter que ser mais dura, já que a inflação segue em alta. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada em 12 meses foi de 4,52% no fim de 2020, mas já bateu 6,10% em março. E os analistas acreditam que ela ainda vai chegar perto dos 8% em meados deste ano, embora deva desacelerar para 5% no fim do ano.

“Existe uma preocupação com a inflação, porque continua havendo pressões vindas do câmbio e das commodities, tanto que as expectativas para a inflação de 2022 já estão sendo revistas”, prossegue. “Seria interessante que o BC retirasse essa avaliação de que o ajuste será parcial, para mostrar que terá uma postura dura o suficiente para evitar que a inflação transborde para 2022 e para manter as expectativas ancoradas na meta.”

Projeção para 2022

O economista do Banco Original projeta a Selic chegando a 6% neste ano e a 6,5% em 2022: “Esperamos que o BC sinalize mais uma alta de 0,75 ponto. na outra reunião, em junho, porque reduzir o ritmo de ajuste da Selic neste contexto poderia desancorar as expectativas”.

Economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto também acredita que, diante da pressão inflacionária, a alta dos juros terá que ser mais dura do que o projetado inicialmente. Por isso, não descarta uma surpresa nesta reunião do Copom:

“O consenso é de que a Selic vai subir em 0,75 ponto agora, mas eu não descarto a possibilidade de o comitê optar por uma alta de 1 ponto percentual. O comitê gosta de surpreender. Na última reunião, por exemplo, o mercado esperava uma alta de 0,50 e o comitê surpreendeu”.

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https://www.osul.com.br/o-banco-central-deve-aumentar-a-taxa-basica-de-juros-para-35-ao-ano/ Banco Central deve aumentar a taxa básica de juros para 3,5% ao ano 2021-05-02
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