Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de junho de 2017
O Banco Central reafirmou nesta terça-feira (6) que deve reduzir o ritmo de corte de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nos dias 25 e 26 de julho, em meio ao cenário de incertezas provocadas pela crise política.
Na ata do Copom, divulgada nesta terça-feira (6), o BC disse que decidiu na semana passada cortar a taxa básica de juros de 11,25% para 10,25% ao ano e, em seguida, debateu os próximos passos da política monetária.
Foi avaliado não só qual seria o possível ritmo de flexibilização dos juros adequado para a próxima reunião” mas também “a conveniência de uma sinalização antecipada dessa possibilidade”.
Para o Banco Cetrnal, a incerteza em relação à evolução da inflação, por exemplo, recomendava “não conjecturar sobre possível ritmo a ser adotado no futuro”.
“Por outro lado, salientouse a necessidade, nesse momento, de oferecer direcionamento e elementos para reduzir a incerteza (e o escopo de possibilidades) sobre a trajetória futura da política monetária”, disse o Copom no documento.
A expectativa é que os juros sejam reduzidos em 0,75 ponto percentual na próxima reunião, para 9,5% ao ano, e terminem 2017 em 8,5% ao ano, segundo projeções da pesquisa Focus do BC. BALANÇO DE RISCOS Segundo a ata, apesar da sinalização antecipada, o ritmo de cortes continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo de corte e das projeções e das expectativas de inflação.
O comitê afirmou ainda que o aumento das incertezas sobre a evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas.
Para o BC, a crise política pode ter efeitos opostos sobre a inflação. A manutenção por tempo prolongado de um cenário de incertezas teria efeito de redução da variação de preços sobre a economia.