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Brasil “O Brasil exportará menos soja à China, mas deve compensar com carnes”, diz ministra da Agricultura

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A ministra irá em maio à China, em uma missão oficial para fortalecer mercados que incluirá também passagens por Japão, Vietnã e Indonésia. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

As exportações de soja do Brasil à China “com certeza” diminuirão neste ano devido à peste suína africana no país asiático, mas uma potencial expansão nos envios de carnes compensaria essa queda, disse nesta segunda-feira (22) a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O Brasil é o maior exportador mundial de soja, enquanto a China, o maior importador. Desde agosto, diversas províncias chinesas foram atingidas por surtos da doença altamente contagiosa entre os animais, mas que não afeta humanos.

Cálculos apontam que até 200 milhões de suínos podem morrer em razão da peste suína africana, impactando a demanda por ração feita a partir de grãos e oleaginosas, como soja e milho. “Com certeza diminuirão as nossas exportações de soja, mas nós vamos agregar valor. Em vez de vender soja a US$ 500 a tonelada, vamos vender a proteína a US$ 2 mil a tonelada, seja frango, bovino ou suíno”, disse Tereza Cristina a jornalistas após reunião com lideranças do setor na sede da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

A ministra irá em maio à China, em uma missão oficial para fortalecer mercados que incluirá também passagens por Japão, Vietnã e Indonésia. Tereza Cristina afirmou que defenderá a soja brasileira junto a autoridades da China, que está em tratativas com os Estados Unidos para colocar fim a uma guerra comercial que vem desde o ano passado. Nenhum acordo entre as duas maiores economias do mundo foi formalmente fechado, mas os EUA detêm amplos estoques de soja e já têm enviado alguns lotes à China. Uma eventual resolução na disputa poderia complicar o Brasil, que acaba de colher sua safra.

“Nós vamos falar sobre nossos mercados principais, e a soja é um deles, dado que os Estados Unidos estão fechando um acordo no setor agropecuário [com a China]. O Brasil tem de ir lá e mostrar: ‘Estamos aqui, sempre fomos bons parceiros, entregamos o que nos comprometemos, somos confiáveis’. Não podemos deixar o lugar vazio, que alguém vem aqui e senta”, comentou Tereza Cristina.

Há preocupações, porém, de que o acordo entre EUA e China acabaria resvalando também nas exportações brasileiras de carnes, além da soja. Consultorias, associações e o próprio governo projetam exportações de soja do Brasil menores em 2019 na comparação com 2018, devido tanto à menor demanda externa e maior rivalidade com os EUA quanto à retração na produção nacional. A Conab, por exemplo, vê vendas totais de 70 milhões de toneladas, após recorde de 84 milhões no ano passado.

Carnes

A ministra da Agricultura afirmou ainda que a China tende a enviar outra missão técnica ao Brasil para inspecionar unidades produtoras de carnes. No ano passado, inspetores chineses visitaram algumas plantas de proteínas no Brasil e agora demandam informações adicionais para darem o aval a dezenas de unidades que querem exportar para lá. Conforme a ministra, as respostas a esses questionamentos serão apresentadas durante a missão oficial no próximo mês.

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