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Brasil O Brasil foi eleito pela quinta vez membro do Comitê da Unesco, que escolhe os bens culturais e naturais que devem ser listados como Patrimônio Mundial

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Tapetes de serragem em São João del Rei: Igreja é bem do Iphan. (Foto: Iphan)

O Brasil foi escolhido pela quinta vez como membro do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), ao lado de outros 20 países. Entre outras ações, o Comitê estabelece os bens e locais que devem ser listados como Patrimônio Mundial.

Na votação, o Brasil teve o maior número de votos para compor o colegiado. De acordo com Marcelo Brito, membro da delegação brasileira que vai integrar o grupo e diretor do Departamento de Articulação e Fomento do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o resultado mostra o reconhecimento mundial dos patrimônios do país e o prestígio diplomático junto à Unesco.

“Ficamos muito satisfeitos em ver o resultado de todo o trabalho feito nos últimos anos por parte do Iphan e do Ministério da Cultura. A marca da quinta eleição no Comitê só foi alcançada pela França e Austrália”, disse Marcelo.

O diplomata explicou que a participação no Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco acontece a cada ano, quando as delegações de todos os 20 países se reúnem para avaliar candidaturas de bens de patrimônio mundial. Além disso, são revistos os estados de conservação dos bens que já foram declarados e decididas ações de assistência técnica mundial, solicitadas por países em desenvolvimento para reparar seus patrimônios.

“São dez dias seguidos de intenso trabalho, com análises e avaliações, junto com outros órgãos”, contou o diretor.

A lista do Patrimônio Mundial da Unesco inclui, atualmente, cerca de mil sítios, entre culturais e naturais, em 161 países. O Brasil possui 21, entre eles a cidade do Rio de Janeiro, eleita no fim do ano passado como a primeira paisagem cultural urbana no mundo escolhida. Paraty, no Sul do estado, está inscrita para concorrer nos próximos anos, assim como o Sítio Roberto Burle Marx, em Guaratiba.

Já o Cais do Valongo, eleito no mês de julho, se tornou um símbolo da Unesco para incentivar outros países a trabalhar a temática africana. O sítio arqueológico era o principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas e fica na Gamboa.

O Brasil também possui a maior delegação diplomática permanente da Unesco e é o 10º contribuinte orçamentário. Os demais países eleitos para compor o Comitê da Unesco foram Austrália, Bahrein, Bósnia e Herzegovina, China, Guatemala, Hungria, Quirguistão, Noruega, Espanha, Uganda e São Cristóvão e Neves. Permanecem Angola, Azerbaijão, Cuba, Indonésia, Kuwait, Tunísia, Tanzânia, Zimbábue e Burkina Faso.

Os Estados Unidos, um dos maiores contribuintes da Comissão, decidiram mês passado sair da Unesco, ao lado de Israel. A ‘gota d’água’ foi a inclusão da cidade palestina de Hebron na lista. Alegam ainda que a Unesco é “anti-israelense”. Para Marcelo Brito, a retirada causa um impacto negativo. “Lamentamos a decisão dos EUA, pois o país era importante não só no ponto de vista financeiro. O Brasil espera que seja uma situação conjuntural e eles retornem.”

80 anos de Iphan

Neste ano, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional completa 80 anos de tradição. Ele é responsável pela preservação de 87 conjuntos urbanos tombados, 1.262 bens materiais e 40 bens imateriais e pela gestão de 24 mil sítios arqueológicos cadastrados.

A instituição foi a primeira na América Latina a se dedicar ao patrimônio cultural de um país. “O Iphan já conquistou vários espaços e continua enfrentando desafios para pensar o futuro do patrimônio e o patrimônio do futuro”, falou o diretor do Departamento de Articulação e Fomento, Marcelo Brito.

Para ele, a importância do patrimônio é o elemento de identidade, de singularidade frente a outros países. “A nossa natureza tão bela, o jeito brasileiro de ser e as manifestações culturais são recursos que, bem trabalhados, podem ajudar no desenvolvimento econômico do país. O Brasil tem muito potencial”, defende Marcelo Brito.

Mostra reúne acervos históricos

A exposição ‘A Construção do Patrimônio’, em cartaz na Caixa Cultural do Rio até o dia 22 de dezembro, apresenta mais de 150 obras, entre documentos, quadros e esculturas sobre momentos importantes da história das políticas públicas de preservação do patrimônio no Brasil.

Segundo Luiz Fernando de Almeida, curador da mostra, a política de patrimônio no País se estruturou nos anos 20, como conta a exposição, e passou por diversos momentos de tensão, como a demolição da Aldeia Maracanã.

Para Luiz Fernando de Almeida, a valorização do patrimônio histórico é um paradoxo. “É uma ideia de que o patrimônio interessa todo mundo, mas gera pouco interesse”, explica.

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