Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2019
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê a duplicação do crescimento econômico do Brasil em 2020, passando do 0,9% estimado para este ano para cerca de 2%, segundo Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental da entidade.
De acordo com Werner, “existe uma grande probabilidade de a economia brasileira se acelerar em 2020 até cerca de 2%” graças aos planos do governo.
Em entrevista à Agência Efe, Werner argumentou que previsão de melhora do crescimento econômico brasileiro pode se concretizar se o país conseguir conter a inflação e manter as taxas de juros “relativamente baixas”.
Para 2019, o especialista explicou que o FMI rebaixou a previsão inicial “devido aos desastres naturais gerados nas regiões de mineração no início do ano e porque antecipava uma certa recuperação do investimento gerado pelo programa de reformas do presidente Jair Bolsonaro”.
“Mas a resposta que tínhamos antecipado ainda não se materializou”, enfatizou Werner, que disse esperar os frutos das reformas em 2020.
O crescimento econômico do Brasil se acelerou até 0,6% no terceiro trimestre, enquanto a marca no segundo trimestre foi de 0,5%, segundo os dados divulgados nesta terça-feira.
Assim, a economia brasileira cresceu a uma taxa interanual de 1,2%, estimulada, entre outros fatores, pelo aumento do consumo das famílias e do investimento privado.
Crescimento
O desempenho da economia no terceiro trimestre confirma a retomada puxada pelo setor privado.
O PIB (Produto Interno Bruto) do período cresceu 0,6% em relação aos três meses imediatamente anteriores, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (3).
A projeção feita pela agência Bloomberg estimava um crescimento de 0,4%.
Pelo lado da demanda, o avanço continua puxado pelo consumo das famílias, que representa quase dois terços do PIB e cresceu 0,8% na comparação trimestral.
Os investimentos das empresas (formação bruta de capital fixo) avançaram 2,0%.
O consumo do governo recuou 0,4%.
“As despesas do governo — incluindo pessoal e demais gastos, exceto investimentos —, caem em todas as esferas em função das restrições orçamentárias”, analisa a coordenadora de Conta Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Apesar do resultado do período, a taxa trimestral ainda está 3,6% abaixo do pico da série, atingido no primeiro trimestre de 2014.
O PIB está no mesmo nível do 3º trimestre de 2012, tendo se recuperado 4,9% desde que atingiu o fundo do poço no 4º trimestre de 2016.