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Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2019
Uma semana depois de ter abandonado uma tradição de décadas e votar contra Cuba na ONU, a diplomacia brasileira agora apoia Israel em votações na Assembleia Geral das Nações Unidas. Nesta sexta-feira, o 4º Comitê da ONU considerou um total de oito resoluções contra Israel.
O Brasil foi um dos 11 países que votaram contra uma resolução que pedia investigações sobre possíveis abusos de direitos humanos por parte de Israel contra o povo palestino. A resolução foi aprovada com 82 países dando seu apoio; 78 países se abstiveram.
O Brasil, porém, se aliou a um pequeno grupo de países, todos alinhados aos EUA, como Austrália, Canadá, Colômbia, Nauru e Micronésia, além de Israel.
O voto contrário confirma a aliança do governo de Jair Bolsonaro com Tel Aviv, numa mudança fundamental da política externa brasileira. Durante a gestão de Michel Temer, alguns dos votos chegaram a optar pela abstenção. Mas nunca por ser contra explicitamente os palestinos, como desta vez.
O governo de Jair Bolsonaro ainda se absteve em uma resolução que condenava os assentamentos israelenses em partes de Jerusalém, no território palestino e nas colinas de Golã. Apenas 15 países seguiram a mesma posição do Brasil e a resolução acabou sendo aprovada com 156 votos a favor.
Uma resolução específica sobre a ocupação das Colinas de Golã também foi aprovada, com 155 votos a favor. Mas o Brasil optou pela abstenção. Numa resolução que tratava das propriedades e receitas dos palestinos, o Brasil se absteve, ao lado de outros oito governos. Todos são aliados dos EUA, como Austrália, Vanuatu e Honduras. A resolução passou com 162 países a apoiando, entre eles todos os sul-americanos, inclusive Chile.
Em outras quatro resoluções, porém, o Brasil manteve a tradição e votou ao lado dos palestinos. O Brasil votou a favor de uma resolução que instava os governos a manter a ajuda aos refugiados palestinos. Nesse caso, apenas Israel e EUA votaram contra. O Brasil também apoiou uma resolução para dar assistência às pessoas deslocadas como resultado dos acontecimentos de 1967.
Também contou com o voto brasileiro uma resolução que dava apoio aos trabalhos da ONU para ajuda humanitária aos palestinos no Oriente Médio. As informações são do colunista Jamil Chade, do UOL.
Cuba
No dia 7 de novembro, o Brasil votou pela primeira vez na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a favor do embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba, promovido pelos Estados Unidos desde 1962. A Assembleia-Geral aprova anualmente, há 28 anos, uma resolução que condena e pede o fim do embargo. A medida foi adotada mais uma vez nesta terça, com 187 votos favoráveis e esmagadora maioria.
A votação da ONU tem peso político, mas somente o Congresso dos Estados Unidos pode revogar o embargo, que já dura mais de 50 anos. Pela primeira vez, o governo brasileiro apresentou apoio aos Estados Unidos nesta votação. Israel também votou com os americanos, enquanto Colômbia e Ucrânia optaram pela abstenção.
O Brasil votou pela primeira vez na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira, 7, a favor do embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba, promovido pelos Estados Unidos desde 1962.
A Assembleia-Geral aprova anualmente, há 28 anos, uma resolução que condena e pede o fim do embargo. A medida foi adotada mais uma vez nesta terça, com 187 votos favoráveis e esmagadora maioria. A votação da ONU tem peso político, mas somente o Congresso dos Estados Unidos pode revogar o embargo, que já dura mais de 50 anos.
Pela primeira vez, o governo brasileiro apresentou apoio aos Estados Unidos nesta votação. Israel também votou com os americanos, enquanto Colômbia e Ucrânia optaram pela abstenção. A Moldávia escolheu não exercer o direito a voto sobre a resolução.