Domingo, 06 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (15), que o PT pretende “ir para cima” de seu filho Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), vereador na capital fluminense, com um mandado de busca e apreensão no âmbito das investigações da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. O presidente afirmou que o assunto o deixa “chateado” e repetiu não ter qualquer envolvimento na morte de Marielle.
“Vi uma matéria no site O Antagonista que o PT quer uma busca e apreensão na casa do meu filho. O pessoal pensa, o que é busca e apreensão? Está metido com que coisa de errado? Eles querem saber se tem alguma ligação com o caso Marielle. Não conseguiram nada comigo, vão para cima de um filho meu agora. É muita marola e isso deixa a gente chateado”, afirmou, ao chegar no Guarujá, onde passa o feriado de Proclamação da República.
“O que eu tenho a ver com a morte dessa senhora? Nada a ver. Inclusive, no mesmo dia que a matéria foi veiculada, que nem deveria ser veiculada, diz que estava em Brasília. Tem 150 pessoas morando no meu condomínio. Se alguém rouba uma galinha lá, vão me acusar de ter feito uma galinhada em casa”, completou.
Bolsonaro chegou ao Guarujá na manhã desta sexta-feira e ficará hospedado no Forte dos Andradas, instalação do Exército. Ele também reiterou que iria ao jogo entre São Paulo e Santos, pelo Campeonato Brasileiro, neste sábado (16), na Vila Belmiro. O técnico santista Jorge Sampaoli, avesso ao governo do presidente brasileiro, não gostou da notícia e espera não ter nenhum contato direto com o presidente antes ou depois do clássico.
Parte da torcida do Santos se mobilizou nas redes sociais e criou a #BolsonaroNaVilaNão. O assunto chegou a ser o mais comentado no Twitter em todo o Brasil na última quarta. As duas maiores organizadas do clube, Torcida Jovem e Sangue Jovem, também repudiaram em nota a presença do presidente.
Na Vila Belmiro
A aparição de Jair Bolsonaro na Vila Belmiro, a primeira de um presidente no estádio durante o exercício de seu mandato, foi cercada de cuidados. Reverenciado e também hostilizado, ele deixou o estádio antes do final do empate por 1 a 1 entre Santos e São Paulo, válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O político chegou ao local cerca de uma hora antes da partida, após deixar o Forte dos Andradas, em Guarujá, também no litoral sul de São Paulo.
Bolsonaro mudou o plano inicial traçado por sua segurança pessoal. Escoltado, fez o trajeto considerado mais longo, usando um carro e uma balsa exclusiva para atender sua comitiva.
Inicialmente, estava previsto que ele pousaria de helicóptero no campo da Portuguesa Santista, a menos de um quilômetro de distância da Vila Belmiro, e havia a recomendação para que entrasse com a partida já em andamento.
A opção por utilizar um carro foi pessoal do presidente. Os cuidados de sua segurança aumentaram devido a uma série de mobilizações de santistas, que se manifestaram contra presença de Jair Bolsonaro na Vila Belmiro.
A rejeição à ida do político ao estádio foi defendida pela principal torcida organizada da equipe, a Jovem. Durante a partida, porém, não houve manifestação contra o político.