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Porto Alegre O Carrefour voltou a ser alvo de protestos em Porto Alegre. Desta vez, a manifestação foi no supermercado do bairro Partenon

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Após depredações, ato foi dispersado pela BM por volta das 21h. (Foto:

Passados quatro dias desde que um cliente negro foi espancado até a morte por seguranças da filial da rede de hipermercados Carrefour em Porto Alegre, nesta segunda-feira (23) a empresa voltou a ser alvo de protestos antirracismo na capital gaúcha. Diferente do que aconteceu na sexta-feira (20), o alvo da vez não foi a unidade da Zona Norte – local do crime – e sim a loja do bairro Partenon, na Zona Leste.

A manifestação começou à tarde, de forma pacífica, no entorno do estabelecimento. Por volta das 16h, centenas de pessoas já se concentravam no local com faixas, cartazes e palavras-de-ordem (pedindo inclusive o boicote à empresa), o que acabou motivando a gerência do supermercado a fechar portas e encerrar o expediente, a partir de medida de precaução orientada pela BM (Brigada Militar).

No começo da noite, diversos participantes realizaram uma passeata pelas avenidas Bento Gonçalves e Albion, que delimitam as partes frontal e lateral esquerda do estabelecimento. Houve interrupção no trânsito de veículos e radicalização, com grades do estacionamento danificadas e outras depredações, até que o Batalhão de Choque entrasse em ação, com bombas de efeito moral e balas-de-borracha, dispersando o grupo por volta das 21h.

Já na filial onde os seguranças mataram João Alberto não foram registrados incidentes ao longo do dia. A unidade foi reaberta no início da manhã, após três permanecer três dias seguidos fechada e de se alvo de depredação e tentativas de invasão por manifestantes na noite de sexta-feira. Segundo testemunhas, o movimento de vendas ficou abaixo da média e o clima interno de apreensão quanto a eventuais novos protestos.

Empresa anuncia medidas

Também nesta segunda-feira, o comando brasileiro da rede Carrefour (de origem francesa) voltou a se pronunciar sobre a morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, bem como sobre a onda de protestos que também foi registrada em outras capitais do País.

Por meio de nota distribuída à imprensa, a empresa declarou que considera as manifestações “totalmente legítimas” e que está à disposição para um debate com a sociedade. Um dos trechos do comunicado diz o seguinte:

“Estamos aprendendo muito e estamos certos de que este momento de profundo pesar se converterá em ações concretas que impedirão que tragédias como essa se repitam. Estamos consternados e sabemos que nada trará de volta a vida de João Alberto. Entramos em contato com a família e nos colocamos à disposição para dar todo o suporte e auxílio neste momento tão difícil”.

No mesmo texto, o Carrefour também anunciou um pacote de medidas:

– Doação dos resultados das vendas do dia 20 de novembro de todas as lojas do hipermercado do País para instituições que atuam no combate ao racismo no Brasil;

– Treinamento das equipes de lojas nos dias 21 e 22 de novembro para reforçar os nossos compromissos com a diversidade e contra a intolerância e violência;

– Definição de um comitê independente de diversidade, composto por colaboradores e especialistas em inclusão racial, com o compromisso de criar ações no curto prazo para revisar processos do Carrefour.

(Marcello Campos)

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