Colunistas O caso Feliciano
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Uma jovem militante do PSC acusa o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) de agressão sexual e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional onde ele reside. Feliciano teria dado um soco na sua boca e a arrastado para a suíte. A jovem entregou as evidências de provas à Coluna, e ontem, quando suspeitou que o caso viria à tona, misteriosamente gravou um vídeo chamando Feliciano de “bacana”. Confrontada pelos documentos entregues e pelo relato feito por ela, diante de duas testemunhas, a garota retirou o vídeo do ar. Ela está fora de Brasília, longe dos pais e sofre pressão para não registrar boletim de ocorrência na polícia. Os aliados de Feliciano dizem que se trata de uma mitômana. Cabe à polícia, se provocada, ver quem tem a razão.
iCloud salva
O caso ocorreu dia 15 de junho, segundo relata a vítima, e à ocasião ele apagou as mensagens de WhatsApp entre eles. Mas ela resgatou as conversas no iCloud.
Alô, 190!
O roteiro é um script instigador para uma investigação das Polícias Civil e Federal, pelo personagem envolvido. A Coluna já havia dado uma dica há uma semana.
Sempre a carne
Em uma das conversas atribuídas a Feliciano, ele diz que a “carne é fraca” ao justificar o ataque, pergunta se ela já terminou um namoro e que vai curá-la.
Cadê o batom?
Em outra conversa, ela reclama que ficou com os lábios roxos e ele solta, irônico: Pelo amor de Deus, passa um batom!
Espertinho
A Coluna confirmou com dois funcionários do PSC da Câmara que o número de celular gravado nas conversas é mesmo o pessoal de Feliciano – que trocou de aparelho há dias.
Assédio moral
O assédio é grande. Um malandro do Rio ligou para a jovem se passando por agente da Abin, e foi desmascarado, e um assessor do PRB de São Paulo a proibiu de fazer BO.
Pré-eleição
Vale lembrar – o PRB se aliou ao PSC de Feliciano em SP e Russomanno lidera as pesquisas para a prefeitura. A denúncia pode afetar a campanha. Daí surgiu o “assessor”.
Recado virtual
A garota ainda relata que derrubaram sua página do Facebook com 200 mil seguidores. Diz que foi recado do grupo de Feliciano.
Prêmio & cama
Feliciano teria proposto, segundo a jovem, alto cargo comissionado na Câmara para que ela fosse sua amante. E pressionou para que ela terminasse um namoro. Ela não topou.
Olhos grandes
“Ele estava diferente, com os olhos vermelhos. Ele queria que eu terminasse com meu namorado e ficasse com ele”, explica a jovem.
Sem salvação
A garota ainda revela que procurou altos membros do PSC, por ajuda e orientação. Todos a mandaram sumir, relata.
Mui amigo
A menina sumiu de Brasília no sábado à tarde, e foi para São Paulo. Suspeita-se que continua sob orientação do “amigo” do PRB, que a pressiona a desmentir tudo.
Pais na rota
Os pais foram avisados ontem e estão indo para São Paulo hoje para trazê-la de volta à Brasília. A Polícia Civil e a PF já sabem do caso e estão de prontidão.
Silêncio 1
A Coluna entrou em contato com Talma Bauer, delegado civil licenciado de São Paulo e assessor de Feliciano. Ele disse que não a conhece, e que não havia agenda para receber o repórter. Também não respondeu ao e-mail questionando sobre a acusação.
Silêncio 2
Emerson Biazon, o assessor do PRB e “amigo” da menina, que continua perto dela em SP, não atende aos telefones informados e não deu retorno.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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