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Brasil Temer anunciou Ivan Monteiro como presidente da Petrobras e garantiu que não haverá interferência na política de preços da companhia

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Nome do executivo foi escolhido rapidamente para acalmar o mercado. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Nessa sexta-feira, após ser escolhido pelo Conselho de Administração da Petrobras como presidente interino da estatal, o diretor financeiro Ivan Monteiro se encontrou com o presidente Michel Temer, que fez o anúncio oficial em um pronunciamento no Palácio do Planalto. Segundo auxiliares próximos, o emedebista quer dar ao mercado a mensagem de que a troca de comando não resultará em mudanças no processo de recuperação da Petrobras.

Temer também queria uma escolha definitiva e rápida para evitar especulações sobre os rumos da estatal sem o demissionário Pedro Parente, que estava no cargo desde o início do atual governo. Homem de confiança de Parente, Monteiro acumulará a função de diretor-executivo dos setores Financeiro e de Relacionamento com Investidores da empresa.

“Eu aproveito para reafirmar que o meu governo mantém o compromisso para recuperação da saúde financeira da Petrobras nestes dois anos”, acrescentou Temer em sua manifestação no Planalto. “Declaro, também, que não haverá qualquer interferência na política de preços da companhia.”

Demissão

Parente pediu demissão na manhã desda sexta-feira, em caráter “irrevogável e irretratável”. Ele permaneceu exatamente dois anos no comando da Petrobras, já que tomou posse no dia 1º de junho de 2016.

A saída aconteceu em meio aos desgastes e pressões sofridos por Parente durante a greve dos petroleiros, em razão das críticas à política de preços de combustíveis adotadas pela Petrobras na sua gestão – desde julho do ano passado, os preços da gasolina e do diesel comercializados nas refinarias dispararam mais de 50%.

De acordo com comunicado oficial enviado pela petroleira ao mercado, a nomeação de um executivo interino seria examinada ao longo do dia pelo Conselho de Administração, que acabou aprovando o nome de Monteiro. Ainda segundo a nota, a direção da companhia não sofrerá qualquer alteração.

Em uma carta enviada ao presidente Michel Temer, com quem se reuniu ainda pela manhã em Brasília, Parente disse que a greve dos caminhoneiros e “as suas graves consequências para a vida do País desencadearam um debate intenso e, por vezes, emocional” sobre as origens da crise.

Sublinhou, ainda, que a política de preços da Petrobras adotada durante sua gestão foi colocada “sob questionamento”. Parente mencionou, entretanto, que os “resultados obtidos revelam o acerto do conjunto das medidas que adotamos, que vão muito além da política de preços”.

Caminhoneiros

A política de preços de combustíveis da Petrobras foi um dos principais alvos dos caminhoneiros durante a paralisação nacional iniciada pela categoria no dia 21 de maio. Em mais de uma ocasião, Pedro Parente declarou que não mexeria nos preços e, diante disso, acabou pressionado e sofreu um grande desgaste no comando da estatal.

“Eu tenho refletido muito sobre tudo o que aconteceu”, ponderou no texto. “E está claro, Senhor Presidente, que novas discussões serão necessárias. Diante deste quadro, fica claro que a minha permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente.”

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https://www.osul.com.br/o-conselho-da-petrobras-escolheu-o-seu-presidente-interino-mas-o-presidente-temer-disse-que-pode-anunciar-nome-definitivo-ainda-nesta-sexta/ Temer anunciou Ivan Monteiro como presidente da Petrobras e garantiu que não haverá interferência na política de preços da companhia 2018-06-01
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