O relator, conselheiro Luciano Nunes Maia Freire, votou inicialmente por suspender a procuradora de suas atividades por 30 dias sem receber salário. Ele entendeu que as acusações não ofendem apenas o presidente da Câmara, mas também o parlamento.
Assim como o relator, os representantes indicados pelo Poder Legislativo na Casa, Luiz Fernando Bandeira de Melo (Senado), Otávio Luiz Rodrigues Júnior (Câmara) e as conselheiras Sandra Krieger e Fernanda Marinela, defenderam uma postura mais rígida do Conselho.
“O ofendido não foi só ele, foi o Poder Legislativo”, afirmou Bandeira. Ele ressaltou que há pelo menos três anos o plenário do colegiado discute a conduta de integrantes do MP nas redes sociais e pediu a aplicação de penas mais severas.
“Há um ataque que se confunde na pessoa do presidente, do deputado e na própria imagem pública do parlamento e da democracia”, afirmou Rodrigues Júnior. “Não podem membros de carreira jurídicas usar de redes sociais para erodir a imagem pública dessas pessoas”, acrescentou.
Ao final do julgamento, no entanto, o relator ajustou o seu voto para aderir à maioria formada a partir da divergência aberta pelo conselheiro Marcelo Weitzel. Ele havia sido o primeiro a votar pela aplicação da pena de censura.
Os demais conselheiros que haviam acompanhado o relator também mudaram seus votos, o que garantiu a aplicação de censura à procuradora por decisão unânime.