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Brasil O consumo de café no Brasil cresceu quase 5% em 2018

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Para 2019, é estimado um crescimento de 3,5% no consumo interno. (Foto: Reprodução)

O aumento expressivo dos preços não conteve o crescimento do consumo de café no mercado brasileiro no ano passado. Segundo a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), entre novembro de 2017 e outubro de 2018, o volume alcançou 21 milhões de sacas de 60 quilos, 4,8% mais que entre novembro de 2016 e outubro de 2017.

“Estou aqui há 25 anos e nesse período não tivemos um crescimento tão expressivo no volume de consumo de café”, disse Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic, que se surpreendeu com o resultado. Parte da surpresa decorre de uma tendência de alta de preços ao consumidor que, entre janeiro de 2017 e fevereiro de 2018, foi de 36,8%, para R$ 30,40 por quilo.

Para Herszkowicz, o avanço do consumo reflete o “protagonismo” do produto no universo de bebidas saudáveis e a melhora da qualidade da bebida. “Apesar do aumento de preços, substancial, o café ainda representa uma opção ao consumidor que procura qualidade e paga por ela. E, mesmo mais caro, o café ainda é uma opção mais barata que outras bebidas, considerando o valor por xícara”.

Pelas mesmas razões, para 2019 o dirigente, que cita dados da Euromonitor como referência, estima um crescimento de 3,5% no consumo interno, patamar anual que deverá ser mantido até 2021. No caso das cápsulas, o incremento médio anual deverá atingir 9%, ao passo que para o café em grão tende a ficar em 4%. Já o consumo de café gourmet deverá registrar alta de 15% neste ano em relação a 2018.

“O consumidor está sentindo a melhor qualidade do produto. E isso vai acontecer mais ainda neste ano, já que a safra [2018/19] foi boa e a próxima também deve ser”, afirmou.

A Abic deixou de considerar em suas contas de consumo o volume atribuído a empresas não cadastradas. Passou a levar em conta somente os dados das empresas associadas, não associadas e de café solúvel. “Se não fosse a mudança de metodologia, poderíamos falar em recorde de volume e de percentual”, afirmou. Segundo Herszkowicz, a Abic tem 405 empresas associadas, que respondem por 73,5% do consumo interno de café torrado e moído – o equivalente a 14,6 milhões de sacas.

Safras

Herszkowicz disse que as perspectivas são favoráveis para a safra de café deste ano no Brasil, o maior produtor e exportador mundial da commodity. “A safra tem tamanho bom. Somada com a do ano passado, as duas mais do que suprem convenientemente a exportação e o consumo interno. Em relação à qualidade, tende a ser bom, porque choveu na época certa… A safra tem bom tamanho para garantir bons negócios”, disse, fazendo, contudo, ponderações quanto à oferta de robusta. “Preocupa um pouco esse calor excessivo no Espírito Santo. Com o calor excessivo, o fruto seca antes… E isso diminui a qualidade”, comentou ele, acrescentando que a safra na Bahia e em Rondônia “vai muito bem”.

Espírito Santo, Bahia e Rondônia são os maiores produtores de robusta, ou conilon, usado no blend com o arábica e para solúveis.

O Brasil deve produzir neste ano entre 50,5 milhões e 54,5 milhões de sacas de café, segundo projeção da estatal Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), recorde para anos de baixa produção, marcados pela bienalidade negativa do arábica, a variedade mais cultivada no País.

No passado, o País colheu mais de 60 milhões de sacas. Do total, entre 36,1 milhões e 38,1 milhões de sacas devem ser de arábica, enquanto a produção de robusta deve ficar entre 14,3 milhões e 16,3 milhões de sacas, segundo a Conab.

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https://www.osul.com.br/o-consumo-de-cafe-no-brasil-cresceu-quase-cinco-por-cento-em-2018/ O consumo de café no Brasil cresceu quase 5% em 2018 2019-02-08
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