Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2017
De acordo com o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na seção “Consulta aos Doadores e Fornecedores de Campanha de Candidatos”, há o registro de uma doação de 200 mil reais para o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na campanha de 2014. Então no PP, o deputado encaminhou a doação ao partido. Em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, ele relata o episódio.
“Começou a campanha de 2014. Me liga o presidente do meu partido [Ciro Nogueira, na época] e diz que vai botar 300 mil reais na minha conta. Disse que tudo bem, mas que colocasse 200 mil reais na minha conta e 100 mil reais na do meu filho. Quando vi o nome da Friboi, perguntei se queriam estornar. Falei que ia para a Câmara dos Deputados, ia jogar 200 mil reais e dizer que é dinheiro do povo, porque foi dinheiro que pegaram do PT para se coligar com o meu partido”, disse.
Segundo Bolsonaro, o dinheiro que entrou em sua conta foi do fundo partidário e que devolveu o dinheiro da Friboi. “A Friboi não colocou nada na minha conta, foi o partido”, explicou. Pivô da atual crise política do governo Temer, a JBS delatou que financiou a campanha ou pagou propina para 1829 parlamentares de 28 partidos diferentes.
Questionado se o partido cometeu uma ilegalidade ao repassar dinheiro da JBS para sua campanha, Jair Bolsonaro concordou e perguntou: “você queria que fizesse o quê naquela época?”. Ele admitiu ainda que o PP recebeu propina da JBS, mas tentou ponderar: “partido recebeu propina sim, mas qual partido não recebe propina?”.