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Armando Burd O descanso é sagrado

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No Rio, capital nacional do crime, foram recolhidos 300 fuzis em 2016. (Foto: Banco de Dados/o Sul)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A solidariedade pôde ser medida ontem: era necessária a presença de 51 deputados federais para leitura do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, que recomenda a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer. Apenas 24 compareceram, impedindo a abertura da sessão plenária da Câmara. Os demais concluíram que a melhor saída era o aeroporto de Brasília.

O adiamento para segunda-feira também não terá efeito, porque o recesso começará na terça. Ninguém interromperá as férias antecipadas para viajar à capital e acelerar a decisão, que ficará para agosto. Serão duas semanas a mais de palpitação acelerada no Palácio do Planalto.

ENGANO CONSTANTE

O Brasil é um dos poucos países em que as reformas imaginadas convertem-se em soluções para todos os problemas. Quem está no poder não aprendeu que reformar é governar. Trata-se de tarefa do dia a dia, da rotina, sem sonhar com propostas mágicas.

PREJUÍZOS DA REELEIÇÃO

Os casos de corrupção tiraram da pauta a discussão sobre o fim da reeleição de presidentes, governadores e prefeitos. Voltará depois que baixar a poeira.

O historiador francês Alexis de Tocqueville, que viveu de 1805 a 1859, definiu: “A intriga e a corrupção são vícios naturais dos governos eletivos. Quando, porém, o chefe de Estado pode ser reeleito, tais vícios se estendem indefinidamente e comprometem a própria existência do País.”

EM QUEDA

O mês passado entrará na História como o que, pela primeira vez, apresentou variação negativa dos quatro principais índices: o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo); o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor); o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna).

ROTA EQUIVOCADA

Para os economistas não bitolados, o arcaísmo está no fato de o poder encarar a ação do Estado, ou seja, a intervenção do governo, como recurso primeiro, último e constante de todo o progresso.

HÁ 40 ANOS

A 15 de julho de 1977, o ministro-chefe do Serviço Nacional de Informações, general João Figueiredo, perguntou aos repórteres que o procuraram: “Vocês podem me fazer um favor? Me esqueçam. Tive hoje um infarto, morri”.

VERSÃO DO VIZINHO

O editorialista do jornal Clarin, de Buenos Aires, publicou: “Henry Kissinger disse uma vez que quando o Brasil espirrava, a região ficava resfriada. Hoje há mais do que espirros. Com contidas exceções, faz tempo que a região está mais do que resfriada de corrupção. Mas nisto o Brasil está na frente”.

O autor do texto merece de presente um espanador de memória para tirar a poeira. Deveria referir também os escândalos denunciados e outros ainda encobertos das eras Menem e Kirchner.

ARSENAIS DE GUERRA

No Rio de Janeiro, capital nacional do crime, foram recolhidos 300 fuzis em 2016. Piorou este ano: de abril a junho, chegou a 250. O artigo 25 da Lei do Desarmamento, por incrível que pareça, não se refere à destinação do material apreendido. Acabam em depósitos judiciais nos quais se deterioram ou são roubados em horários fora do expediente, voltando às mãos dos bandidos. Isso ocorre também no Rio Grande do Sul.

Está em tramitação na Câmara, projeto que deveria receber prioridade máxima, determinando o aproveitamento por forças policiais. Depende dos deputados federais a aprovação para que os arsenais não fiquem à disposição do crime.

VELHA RECEITA

Toda a vez que um regime autocrático elimina a oposição parlamentar, inicia o processo de sua conversão totalitária.

RADIOGRAFIA

Não há um só banqueiro que possa desmentir: emprestar dinheiro no Brasil, com juros nas alturas, segue sendo uma das atividades mais rentáveis do mundo.

FÁCIL DE RESOLVER

O deputado estadual Wilson Mânica costumava dizer: “Pela quantidade de quebra-molas na cidade se sabe o número de vereadores.”

AOS QUE CAEM NA TENTAÇÃO

À medida em que se aproxima a campanha eleitoral, surgem ofertas de cursos sobre O Culto da Própria Personalidade.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/o-descanso-e-sagrado/ O descanso é sagrado 2017-07-14
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