Quinta-feira, 15 de maio de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O diretor-geral da Polícia Federal escolhe o novo superintendente do Rio, fora da lista de Bolsonaro

Compartilhe esta notícia:

Souza já foi policial agente da PF antes de se tornar delegado. (Foto: Divulgação/Dicom)

O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Rolando de Souza, definiu na noite de terça-feira (5) o delegado Tácio Muzzi como novo superintendente da corporação no Rio de Janeiro.

Foco de interesses da família Bolsonaro, a superintendência da PF no Estado também foi um dos alvos de embate de Jair Bolsonaro com o agora ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que pediu demissão acusando tentativa de interferência política do presidente.

Após forte pressão interna e externa, o nome de Muzzi foi escolhido sem que estivesse entre os indicados de Bolsonaro.

Na tentativa de afastar suspeitas, dentro da corporação havia cobrança para que o novo superintendente não tivesse ligação com a família do presidente e que fosse um delegado respeitado internamente.

O diretor-geral da PF, Rolando de Souza, foi nomeado no começo da semana por Bolsonaro após indicação de Alexandre Ramagem, amigo dos Bolsonaro e primeiro nome escolhido pelo presidente para comandar a corporação, mas barrado por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

A escolha do superintendente no Rio teve o aval do ainda atual chefe do órgão no Estado, Carlos Henrique Oliveira, que foi promovido a número dois da PF.

Muzzi ficou no posto de superintendente interino no ano passado por cinco meses após explodir a crise em agosto, quando o presidente da República pediu, pela primeira vez, a troca da chefia no Rio.

Na época, ele era o braço-direito de Ricardo Saadi, que deixou o cargo depois de Bolsonaro anunciar sua demissão em uma das entrevistas matinais no Palácio da Alvorada.

A troca da chefia no Estado na segunda (4) foi um dos primeiros atos do novo diretor-geral e levou a mais um capítulo de crise no órgão.

Em depoimento no último sábado (2), Sérgio Moro relatou ​pressão de Bolsonaro para mudanças na cúpula da PF e na superintendência do Rio.​

“Moro, você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro”, disse Bolsonaro a Moro, por mensagem de WhatsApp, segundo transcrição do depoimento do ex-ministro à PF no inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal).

O presidente havia sugerido nomes ao ex-ministro, mas Muzzi não estava entre eles.

O novo chefe da PF do Rio tem no currículo investigações consideradas importantes, como a que terminou na prisão do deputado estadual e ex-chefe da Polícia Civil do Rio Álvaro Lins. Durante a Operação Lava-Jato, ele chefiava a equipe de combate à corrupção.

Muzzi atuou, por exemplo, em investigações que atingiram os ex-governadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, além do empresário Eike Batista.

Fora da PF, o delegado foi diretor do Depen (Departamento de Penitenciária Nacional) e diretor-adjunto do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional).

O presidente Jair Bolsonaro negou nesta semana interferir na PF e disse que não tem nenhum parente investigado pela corporação.

Como mostrou reportagem da Folha, porém, a PF no Rio tem uma série de apurações e interesses que esbarram nele e em sua família.

A preocupação com investigações, desconhecimento sobre processos, síndrome de perseguição, inimigos políticos e fake news são alguns dos principais pontos elencados por pessoas ouvidas pela Folha para tentar desvendar o que há no Rio.

Desde o episódio envolvendo um porteiro do seu condomínio na Barra da Tijuca, na investigação do assassinato de Mairelle Franco (PSOL), Bolsonaro passou a se preocupar ainda mais com o Estado.

O presidente chegou a insinuar que o ocorrido era parte de um plano do governador Wilson Witzel (PSC-RJ).

O caso da “rachadinha” do então gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio não está com a PF, mas o órgão tocava na época investigações envolvendo personagens em comum. Aliados do presidente, no entanto, divulgam por diversas vezes que a polícia possui uma série e informações deste assunto, guardadas em sigilo. As informações são da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O Supremo decidiu que Estados e municípios têm competência para adotar medidas de restrição e de transporte de pessoas e mercadorias para evitar o avanço do coronavírus
Depoimento de Sérgio Moro é visto com pouca novidade, e ex-ministro é contestado na área criminal
https://www.osul.com.br/o-diretor-geral-da-policia-federal-escolhe-o-novo-superintendente-do-rio-fora-da-lista-da-bolsonaro/ O diretor-geral da Polícia Federal escolhe o novo superintendente do Rio, fora da lista de Bolsonaro 2020-05-06
Deixe seu comentário
Pode te interessar