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Brasil O diretor-geral da Polícia Federal negou ter dito que pediria o arquivamento de um inquérito que envolve Michel Temer. Ele também afirmou que o delegado responsável pelo caso tem “total independência”

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Federação Nacional dos Policiais Federais diz receber com naturalidade a demissão de Segovia. (Foto: EBC)

Após declarar que investigações da PF (Polícia Federal) não encontraram provas de irregularidades envolvendo o presidente Michel Temer no inquérito que investiga o Decreto dos Portos, o diretor-geral da corporação, Fernando Segovia, utilizou o aplicativo WhatsApp para enviar mensagem a colegas do Sindicato de Delegados da PF no Distrito Federal. No texto, ele argumenta que “em momento algum” falou que a apuração do caso seria arquivada.

As declarações de Segovia, em entrevista à agência internacional de notícias Reuters, sugeriam que a tendência da PF era recomendar o arquivamento do inquérito. Na ocasião, ele também afirmou que pode abrir investigação interna para apurar a conduta do delegado Cleyber Malta Lopes. O motivo seriam os questionamentos enviados a Temer no caso. Na ocasião, a defesa do presidente disse que as perguntas colocavam em dúvida a “honorabilidade e a dignidade pessoal” do presidente.

“Em momento algum falei que a investigação vai ser arquivada. Falei que o delegado Cleyber tem total independência na condução das investigações. Disse que ele está fazendo uma cabal apuração de todos os fatos. Infelizmente, dei uma opinião pessoal no final da entrevista. Se pareceu que havia uma intervenção, foi por causa do repórter que deu a interpretação que quis ao conjunto da entrevista”, afirmou na primeira mensagem, enviada às 8h45min de sábado.

Em uma segunda mensagem, às 9h10min, Segovia avisou a seus pares que vai publicar uma nota de esclarecimento à imprensa, onde será “reafirmada a independência e o respeito ao DPF”.

O teor

Na entrevista, o diretor da PF afirmou que não há indícios de que a Rodrimar tenha sido beneficiada pelo decreto, editado em 2017. A PF apura se a medida que ampliou para 35 anos as concessões do setor e favoreceu a empresa. Além de Temer, são investigados o ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures (o “deputado da mala”), o presidente da Rodrimar, Antônio Grecco, e o diretor da empresa, Ricardo Mesquita.

“No final a gente pode até concluir que não houve crime. Porque ali, em tese, o que a gente tem visto, nos depoimentos as pessoas têm reiteradamente confirmado que não houve nenhum tipo de corrupção, não há indícios de qualquer tipo de recurso ou dinheiro envolvidos. Há muitas conversas e poucas afirmações que levem realmente a que haja um crime”, disse Segovia à Reuters.

As declarações do diretor-geral da PF provocaram reação imediata de delegados que participam de investigações de inquéritos especiais, envolvendo autoridades com foro. Uma das mensagens enviadas em grupo de delegados no WhatsApp diz que “ninguém da investigação foi consultado ou referenda essa manifestação”.

“Os integrantes do Grupo de Inquéritos da Operação Lava-Jato no STF informam que a manifestação do Diretor Geral da Polícia Federal que está sendo noticiada pela imprensa, dando conta de que o inquérito que tem como investigado o Presidente da República tende a ser arquivado, é uma manifestação pessoal e de responsabilidade dele. Ninguém da equipe de investigação foi consultado ou referenda essa manifestação, inclusive pelo fato de que em três de anos de Lava-Jato no STF [Supremo Tribunal Federal], nunca houve uma antecipação ou presunção de resultado de Investigação pela imprensa”, ressalta o texto.

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https://www.osul.com.br/o-diretor-geral-da-policia-federal-negou-ter-dito-que-pediria-o-arquivamento-de-um-inquerito-que-envolve-michel-temer-ele-tambem-afirmou-que-o-delegado-responsavel-pelo-caso-tem-total-indepe/ O diretor-geral da Polícia Federal negou ter dito que pediria o arquivamento de um inquérito que envolve Michel Temer. Ele também afirmou que o delegado responsável pelo caso tem “total independência” 2018-02-11
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