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Por Redação O Sul | 23 de maio de 2020
Depois de passar boa parte da sexta-feira (22) em queda, o dólar reverteu o movimento e fechou próximo da estabilidade. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,574, com leve recuo de R$ 0,009 (-0,15%).
A divisa iniciou a sessão em baixa. Na mínima do dia, por volta das 14h, chegou a ser vendida a R$ 5,54, mas a queda desacelerou-se após a decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, de divulgar o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.
Apesar da estabilidade desta sexta, o dólar caiu 4,54% na semana. No ano, a divisa acumula alta de 38,9%. O Banco Central (BC) interferiu pouco no mercado. A autoridade monetária rolou (renovou) cerca de US$ 620 milhões de contratos de swap cambial e comprou títulos da dívida pública externa de bancos brasileiros com o compromisso de devolver os papéis daqui a um mês.
Bolsa de valores
O mercado de ações teve um dia de perdas. Depois de dois dias seguidos de alta, o Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou na sexta-feira aos 82.173 pontos, com queda de 1,03%. Na quinta-feira, o indicador tinha fechado acima de 83 mil pontos pela primeira vez desde o fim de abril. Na semana, porém, o Ibovespa subiu 5,95%.
Além da realização de lucros, quando os investidores vendem ações para embolsarem os ganhos dos dias anteriores, o Ibovespa foi afetado pelo mercado externo. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou o dia praticamente estável, com queda de 0,04%.
Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. Nos últimos dias, os investimentos têm oscilado entre possíveis ganhos com o relaxamento de restrições em vários países da Europa e em regiões dos Estados Unidos e contratempos no combate à doença.
Déficit primário
A recessão provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus deve elevar o déficit primário para R$ 540,53 bilhões em 2020, divulgou o Ministério da Economia. O valor consta do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, entregue na sexta (22) pela pasta ao Congresso Nacional.
O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do governo, desconsiderando os juros da dívida pública. No relatório anterior, divulgado no fim de março, a pasta previa que o rombo nas contas públicas ficaria em R$ 161,62 bilhões. Na ocasião, o próprio ministério reconheceu que o número era preliminar e não considerava toda a perda de arrecadação originada pela contração da economia.
No relatório de março, o Ministério da Economia ainda projetava crescimento de apenas 0,02% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) para este ano. Somente na semana passada, a estimativa foi atualizada para queda de 4,7% do PIB. As informações são da Agência Brasil.