Segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2018
O dólar fechou o pregão de segunda-feira (30) em alta de 0,33%, cotado a R$ 3,73 para venda depois de inverter uma tendência de queda de 4% nas últimas semanas.
O mercado financeiro aguarda com atenção a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que começa nesta terça-feira (31) e termina na quarta-feira (1º), e com expectativa de manutenção da atual taxa de 6,5% da Selic.
O Banco Central segue ofertando swaps tradicionais, sem anunciar nenhum leilão extraordinário no mês de julho.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) terminou o pregão desta segunda-feira em alta de 0,51%, com 80.275 pontos.
Semana de decisões nos BCs
O dólar não apresentou direção única em relação a outras moedas fortes nesta segunda-feira (30), no início de uma semana recheada de importantes reuniões de política monetária, a começar pela do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). Diante da expectativa semeada há cerca de uma semana por relatos de que o banco central japonês poderia anunciar ajustes na sua política ultrafrouxa, o dólar ganhou algum terreno ante o iene. O euro e a libra, por sua vez, se valorizaram em relação à moeda americana – na quarta-feira, será conhecida a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e, na quinta-feira, a do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar subia ligeiramente de 111,00 ienes na tarde de sexta-feira para 111,04 ienes, enquanto o euro avançava de US$ 1,1666 para US$ 1,1707 e a libra tinha alta de US$ 1,3112 para US$ 1,3133.
O índice DXY, que pondera o dólar em relação a uma cesta de outras seis divisas principais, fechou em baixa de 0,37%, aos 94,324 pontos.
Enquanto investidores procurarão na decisão do BoJ sinais sobre uma redução do ritmo de estímulo monetário, a perspectiva para decisão do BoE é de um quase consenso em torno de uma alta da taxa básica de juros, atualmente em 0,50% ao ano, em 25 pontos base, para 0,75%. Essa previsão deu fôlego considerável à libra.
Já em relação ao Fed, sinalizações do presidente Jerome Powell em reforço ao tom gradualista do aperto monetário em curso nos EUA aliviaram os efeitos do fortalecimento da economia americana sobre o câmbio, assim como o fez o fato de que a leitura do PIB (Produto Interno Bruto) em alta anualizada de 4,1% no segundo trimestre não carregou junto o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês). Houvesse reflexo nesse medidor de inflação, visto como o predileto do BC americano, poderia também se ter verificado impulso ao dólar, o que não ocorreu recentemente.
Entre as emergentes, o dólar registrou alguns recuos. A moeda americana chegou a cair a 18,5566 pesos mexicanos e recuava a 13,1691 rands sul-africanos.