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Brasil O dólar fechou em 3 reais e 92 centavos, o maior valor desde 1º de março de 2016

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Desde fevereiro, o dólar acumula alta de 23,44%. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O dólar comercial fechou mais um pregão em alta nesta quinta-feira (7), com valorização de 2,3%, cotado a R$ 3,926. Trata-se do maior valor desde o dia 1º de março de 2016, quando a moeda fechou o dia vendida a R$ 3,941.

Em uma prévia durante o pregão, o dólar chegou a bater R$ 3,9684, recuando após intervenção do Banco Central com a negociação de mais de US$ 6,8 bilhões de contratos de swaps cambiais, equivalente à venda de dólar no mercado futuro. Desde fevereiro, o dólar acumula alta de 23,44%.

De acordo com investidores, a pressão externa relacionada à melhora na economia dos Estados Unidos tem atraído muito dólar para o País. “Com a provável elevação na taxa de juros norte-americanas, em decorrência do aumento da inflação naquele país, acaba ocorrendo um influxo de dólar para a compra de títulos públicos dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo em que a economia dos EUA cresce, a do Brasil tende a se enfraquecer, o que ajuda neste movimento”, diz Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S.

Instabilidade

No caso brasileiro, a “instabilidade política e econômica”, que cresceu nas últimas semanas após a greve dos caminhoneiros, também interfere no humor do mercado de câmbio, segundo Wolwacz. “Não se pode negar que a greve foi apenas um dos sintomas da situação do governo, que tem dificuldade de manter a governabilidade e começa a perceber a necessidade de subir a taxa de juros, mesmo com a nossa economia estagnada”.

O dólar turismo, usado para quem vai fazer uma viagem internacional, estava sendo vendido, na versão papel-moeda, a R$ 4,10 nas casas de câmbio consultadas pela Agência Brasil em São Paulo, após o fim do pregão de hoje, já incluindo as taxas de compra. Na versão cartão pré-pago, incluindo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a moeda norte-americana estava sendo cotada a R$ 4,30.

Bolsa de Valores

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo também registrou forte queda de 2,98% no pregão desta quinta, a 73.851 pontos. No pior momento do dia, a cotação do Ibovespa chegou a cair para 6,5%, o menor índice registrado desde 16 de novembro de 2017.

Ações blue ship, de empresas de grande porte como Vale, Petrobras e Itaú, por exemplo, registravam quedas. Os papéis preferenciais da Petrobras (com direito a pagamento de lucros e dividendos) registravam queda de 3,49%. Vale e Itaú registraram baixas de 3,03% e 2,91%, respectivamente.

Momento eleitoral 

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que existe uma tensão maior no mercado de câmbio no Brasil por causa das eleições deste ano. Ele afirmou que a alta do dólar está ocorrendo em todo o mundo, mas há especificidades no caso do Brasil.

“Como sabemos, existe uma tendência global de valorização do dólar. E isso afeta a economia brasileira, como afeta outras economias, com maior intensidade as emergentes. Evidentemente tem as especificidades do caso brasileiro. Existe uma tensão maior dada pela transição política, em cenário das eleições. Tudo isso agrega volatilidade e incerteza aos mercados”, disse o ministro após participar de reunião do Comitê Estratégico de Governança do Ministério da Fazenda com o TCU (Tribunal de Contas da União), em Brasília.

Guardia reforçou que a economia brasileira tem fundamentos sólidos, com reservas internacionais “extremamente elevadas” e déficit em conta corrente financiado por investimento direto estrangeiro. “Tudo isso reforça muito a solidez da economia brasileira para enfrentar esse tipo de movimento [de alta do dólar]”, disse, ao ser questionado se está havendo especulação no mercado.

O ministro ressaltou que o Banco Central e o Tesouro Nacional tem monitorado os mercados de câmbio e juros, destacando que o câmbio no País é flutuante e a atuação do BC é no sentido de evitar fortes oscilações. “O Banco Central monitora, e tem atuado mercado de câmbio quando julga oportuno. O Tesouro Nacional também tem olhado o mercado de juros para tentar reduzir a volatilidade neste mercado. Então, estamos atuando conjuntamente, de maneira coordenada”, disse. Ele acrescentou que o Tesouro Nacional tem um colchão de liquidez, o que permite reagir em momentos de maior volatilidade.

Questionado se as oscilações no mercado podem levar a aumento da taxa básica de juros, a Selic, Guardia preferiu não se posicionar. “Nunca comento decisões de juros. Isso é competência exclusiva do Banco Central”, disse.

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