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Brasil O empresário Joesley Batista disse que o esquema nacional de propina começou no Mato Grosso do Sul

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Zeca do PT governou Mato Grosso do Sul em duas gestões de 1999 a 2006. (Foto: reprodução)

Em entrevista exclusiva à revista Época, o empresário Joesley Batista citou o Mato Grosso do Sul como um dos estados onde imperou o esquema de pagamento de propina. Com um detalhe: segundo o empresário, foi lá que tudo começou. Joesley explicou como se tornou o maior comprador de políticos do Brasil.

A assessoria do ex-governador e atual deputado federal, Zeca do PT, afirmou que nunca pediu e nem tomou conhecimento de que alguém tenha pedido propina ao referido grupo em seu nome ou em nome do seu governo.

Renê siufi, advogado de defesa do ex-governador, André Puccinelli, do PMDB, disse que ainda não teve acesso à entrevista de Joesley Batista. Mas ressaltou que o ex-governador nega o recebimento de propina.

A assessoria do governador, Reinaldo Azambuja, do PSDB, também reforçou, que apenas um termo de acordo com o grupo foi assinado na gestão dele. E que tudo está dentro das leis de incentivos fiscais. Azambuja diz que apoia as investigações e está à disposição da justiça para todos os esclarecimentos.

A revista época perguntou: quando você começou a pagar propina?
Joesley respondeu: No governo do PT. Quem inaugurou esse sistema foi o governo do PT. A primeira vez que fui abordado com essa forma de operar foi em Mato Grosso do Sul, no governo do Zeca do PT. Vi uma estrutura organizada no andar de cima, com o governador. As coisas no Estado só funcionariam dentro da normalidade se estivéssemos alinhados com eles. Esse esquema perdurou até hoje. Foi do PT ao PMDB e, agora, está no PSDB. Tudo com o mesmo modelo, o mesmo modus operandi. Mudam os nomes, mas o sistema permanece igual.

Zeca do PT governou Mato Grosso do Sul em duas gestões de 1999 a 2006. A J&F é a holding que reúne o grupo JBS, do setor de frigoríficos, responde por metade dos abates de bovinos no estado; e tem ainda um braço na área de celulose e papel, um dos segmentos responsáveis pela maior parte das exportações do estado sul-mato-grossense. Há cinco anos, Joesley Batista esteve na inauguração da Eldorado, a fábrica de celulose e papel, em Três Lagoas.

Na mesma entrevista, o empresário atacou o presidente Michel Temer. Segundo ele, “Temer é o chefe da Orcrim da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique, Padilha e Moreira. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles. Por outro lado, se você baixar a guarda, eles não têm limites. Então meu convívio com eles foi sempre mantendo à meia distância: nem deixando eles aproximarem demais nem deixando eles longe demais. Para não armar alguma coisa contra mim. A realidade é que esse grupo é o de mais difícil convívio que já tive na minha vida. Daquele sujeito que nunca tive coragem de romper, mas também morria de medo de me abraçar com ele”, concluiu.

 

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Para economista famoso, o maior problema do Brasil não é a inflação, mas a incapacidade de equilibrar as contas públicas
A crise política no Brasil se transformou em uma grande fonte de dúvida, mas ainda prevalece a aposta de que a taxa básica de juros seguirá em queda pelos próximos meses
https://www.osul.com.br/o-empresario-joesley-batista-disse-que-o-esquema-nacional-de-propina-comecou-no-mato-grosso-sul/ O empresário Joesley Batista disse que o esquema nacional de propina começou no Mato Grosso do Sul 2017-06-18
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