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Colunistas O endividamento do agro não começou agora

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Muito antes da atual crise do campo, já vínhamos alertando sobre o risco crescente do endividamento do produtor rural.

Em 2018, como deputado federal, tive a iniciativa de criar e coordenar a Comissão de Endividamento Agropecuário na Câmara dos Deputados. Ali, propusemos uma solução concreta: um projeto de lei para permitir a renegociação das dívidas não bancárias dos produtores rurais – justamente aquelas contraídas com cerealistas, cooperativas e revendas.

Na época, infelizmente, muitos ignoraram a gravidade do problema. Inclusive no meu Estado, o Rio Grande do Sul, lideranças do setor chegaram a dizer que o tema era “invenção”.

Hoje, passados cinco anos de secas, enchentes e instabilidade climática, o drama se aprofundou. O cenário é de juros altos, renda em queda e o fim do Plano Safra se aproximando, sem que se tenha dado a devida atenção à raiz do problema. Agora vejo parlamentares se mobilizando, buscando projetos que tratem da do problema, o que é importante.

O caminho já está aberto! O Projeto de Lei 10624/2018, de minha autoria é do colega e também ex Deputado Federal, Carlos Melles, de Minas Gerais, já está pronto para ser relatado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

A proposta é técnica, viável e poderia ter sido implantada se houvesse vontade política no momento certo. É lamentável que, no Brasil, se espere o colapso para então agir.

Mas fico com a consciência tranquila de que meu compromisso com o agro foi real e propositivo. O que propusemos em 2018 continua atual – e pode, ainda hoje, ser parte da solução para salvar milhares de produtores.

 

Jerônimo Goergen Advogado, Ex-Deputado Federal, autor do PL 10624/2018 Presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil – ACEBRA

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