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Brasil O ex-deputado federal Jean Wyllys diz se orgulhar por ter cuspido em Bolsonaro

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"Não me arrependo de nada, tenho orgulho e tem uma explicação para isso. Vivíamos um momento tenso no País", disse o ex-deputado. (Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)

O ex-deputado federal do PSOL Jean Wyllys disse que o presidente Jair Bolsonaro nunca o tratou como um adversário político, mas como um inimigo. Wyllys afirmou ainda que não se arrepende de ter cuspido no então deputado federal do PSL em 2016, na Câmara.

Em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo,  Wyllys disse que pretende estudar em Berlim, na Alemanha, como o discurso de ódio impacta no modo de vida das pessoas. “Uma das razões de eu ter deixado o mandato foi que eu teria quatro anos de um mandato reativo, não seria propositivo”, afirmou. “O presidente nunca me tratou como adversário, me tratou como inimigo”, completou.

O ex-deputado contou que não se arrepende do episódio em que deu uma cuspida em Bolsonaro na Câmara dos Deputados durante o impeachment de Dilma Rousseff. “Não me arrependo de nada, tenho orgulho e tem uma explicação para isso. Vivíamos um momento tenso no País, antes de mim, por ordem alfabética, votou Jair Bolsonaro e ele elogiou um torturador. Para completar, eu proferi meu voto e quando voltei ele disse ‘queima rosca’, como se fosse um garoto. Olhei e vi que era ele, aí fui tomado por um transe, aquela figura me enojava tanto, que foi a reação que eu tive. Eu jamais cuspiria na cara de uma pessoa em condições normais, mas era um acúmulo de xingamentos, de anos de assédio moral, de violência contra mim, de tudo. Naquele dia, foi demais e eu explodi”, afirmou Wyllys.  ​

Eleito para o terceiro mandato como deputado federal, Wyllys decidiu renunciar e deixar o País em razão de ameaças de morte que vinha sofrendo. Ele afirmou que, após a decisão, ainda recebeu duas ameaças. Wyllys revelou que escreveu um livro sobre política a partir da própria experiência e que espera deixar uma história de “como um garoto pobre pode intervir na República”.

Com ascensão midiática após vencer o programa Big Brother Brasil em 2005 e se declarar defensor da causa LGBT, Wyllys teve, em 2018, a pior votação entre os deputados do RJ eleitos, com 24.295 votos. Em 2010, teve cerca de 13 mil votos e, em 2014, conquistou a preferência de 144 mil eleitores.

Bate-boca

No mês passado, Bolsonaro telefonou diretamente para a embaixadora do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), Maria Nazareth Farani Azevedo, que bateu boca com o ex-deputado federal Jean Wyllys em um evento na entidade.

O gesto do mandatário brasileiro é considerado raro nos meios diplomáticos, já que dificilmente um presidente liga diretamente para um embaixador, sem que seja intermediado pelo ministro das Relações Exteriores. Bolsonaro agradeceu a Maria Nazareth por ter questionado o ex-parlamentar na ONU.

Wyllys havia feito acusações ao governo Bolsonaro e chegou a sugerir que o mandatário brasileiro teria envolvimento com o crime organizado no Brasil. Ele também alertou a respeito de supostas violações dos direitos humanos no País.

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