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Brasil Geraldo Alckmin foi oficializado candidato à Presidência da República e quer usar inserções na TV para atacar o candidato Jair Bolsonaro

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Partidos da coligação tucana não atualizaram atas de convenções. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Os estrategistas da campanha do ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB nas eleições 2018, decidiram poupar o tucano e usar os seus comerciais de 30 segundos no horário eleitoral no rádio e na TV para tentar “desconstruir” a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). A ideia é utilizar locutores em off, entrevistas antigas e efeitos gráficos nessa tarefa. Com isso, consideram, a imagem de Alckmin seria preservada.

A avaliação no PSDB é de que o candidato do PT estará no segundo turno. Nesse cenário, o candidato do PSL é apontado como o principal adversário na disputa pela segunda vaga. A campanha de Alckmin pretende usar boa parte das 12 inserções diárias a que ele tem direito no rádio e na TV para apontar contradições de Bolsonaro em sua trajetória.

Durante a preparação para o debate da TV Bandeirantes com os presidenciáveis na quinta-feira (9), auxiliares e aliados de Alckmin estavam divididos sobre a melhor estratégia no primeiro confronto direto da campanha. A maior parte do entorno do ex-governador defendia um embate direto com Bolsonaro logo na largada, mas o tucano resistia à ideia.

Fiel ao seu estilo, Alckmin testou todas as opções, mas deixou no ar qual seria sua escolha. Quando teve a palavra ao vivo, surpreendeu ao optar por acionar a ex-ministra Marina Silva, presidenciável da Rede. A escolha se repetiu em outras duas ocasiões. Esse episódio ilustra um dilema tático sobre a melhor forma de enfrentar o deputado do PSL, que tem direito a apenas um comercial a cada três dias.

Há quatro anos, a então presidente Dilma Rousseff usou seu poder de fogo na campanha à reeleição (a petista tinha a maior fatia do tempo de TV) contra Marina, então no PSB. A estratégia beneficiou o senador Aécio Neves (PSDB), que correu por fora e chegou ao segundo turno da disputa.

A discussão agora no entorno de Alckmin é sobre o tipo de munição a ser usada contra Bolsonaro. Parte de seus auxiliares avalia que seria um erro explorar suas posições polêmicas sobre ditadura militar, aborto, quilombolas e o grupo LGBT. A leitura é de que isso não cola nele, com exceção das mulheres. Como as falas consideradas misóginas de Bolsonaro causam forte impacto no eleitorado feminino, esse caminho será explorado na TV.

A melhor forma de “desconstruir” Bolsonaro, disse um estrategista de Alckmin, é apelar para suas contradições, “deslizes éticos” (como receber auxílio-moradia tendo imóvel próprio) e falas ofensivas às mulheres.

Antipetismo

Em outra frente, o foco de Alckmin em discursos e nas redes sociais será buscar o eleitorado que está “bolsonarista”. Isso implica explorar o antipetismo – mas sem mencionar a figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava-Jato. Na semana passada, Alckmin repetiu diversas vezes um trocadilho com o número do PT: “13 anos de recessão, 13 candidatos a presidente e 13 milhões de desempregados”.

A busca pelo campo de Bolsonaro e a aliança com o Centrão também empurraram a campanha para uma trilha mais à direita do que se projetava antes de o deputado do PSL se consolidar nas pesquisas. Bandeiras como descriminalização das drogas e redução de danos para dependentes químicos e temas ligados à comunidade LGBT, por exemplo, ficaram de fora do plano de governo. Entram em cena temas ligados à segurança pública, endurecimento de leis contra o crime, porte de armas no campo e propostas do agronegócio. A escolha de Ana Amélia como vice (PP-RS) ajuda nessa narrativa.

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