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Brasil O ex-governador do Paraná Beto Richa voltou a ser preso

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Tucano foi detido pela terceira vez, agora em uma operação que investiga o desvio de dinheiro que deveria ser usado na construção de escolas. (Foto: Ricardo Almeida/ANPR)

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) voltou a ser preso, em Curitiba. A nova prisão ocorreu na terça-feira (19) e faz parte de uma operação do MP-PR (Ministério Público do Paraná) que investiga desvio de recursos que deveriam ser usados na construção de escolas. Parte desse dinheiro, segundo as investigações, foi parar em campanhas eleitorais do tucano.

A defesa de Beto Richa afirma que a prisão “não traz qualquer fundamento” e que é referente a “fatos antigos sobre os quais todos os esclarecimentos necessários já foram feitos”. A prisão é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A suspeita contra o tucano, que está preso no Complexo Médico Penal do Paraná, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, é de corrupção, entre outros crimes, e ele foi preso no apartamento onde mora.

O MP-PR aponta o ex-governador Beto Richa como “chefe da organização criminosa e principal beneficiado com o esquema de recebimento de propinas” pagas pelas empresas responsáveis pela execução das obras nas escolas estaduais. Esta é a terceira vez que o tucano é detido. Ele também já havia sido preso em uma outra investigação do MP paranaense e em um desdobramento da Operação Lava-Jato, mas em ambas acabou solto por ordem da Justiça. Agora, a prisão foi determinada pelo juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 9ª Vara Criminal de Curitiba.

Uma das justificativas apresentadas pela Justiça para decretar a prisão de Beto Richa é que o ex-governador, segundo o Ministério Público, atuou para “obstruir as investigações em face da organização criminosa que supostamente integrava”. Segundo o coordenador do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado), Leonir Batisti, a obstrução das investigações aconteceu entre 2015 e 2017.

Segundo MP, Beto Richa determinou que o ex-diretor da Secretaria de Educação do Paraná Maurício Fanini “excluísse de todo e qualquer dispositivo eletrônico que possuísse os registros de fotos, vídeos e comunicações entre ambos” em março de 2015.

De acordo com o Ministério Público, Fanini era o responsável pelo setor que produzia relatórios fraudulentos sobre obras em escolas estaduais. O ex-diretor da secretaria é delator na Quadro Negro. A decisão aponta que Richa “providenciou uma remuneração mensal a Maurício Jandoi Fanini Antonio em troca do seu silêncio, que passou a ser paga pelo investigado Jorge Theodócio Atherino a partir do mês de novembro de 2015”.

“Ao investigado Carlos Alberto Richa é imputada a prática dos delitos de organização criminosa (pena máxima de 8 anos), corrupção passiva (pena máxima de 12 anos), fraude à licitação (pena máxima de 4 anos) e obstrução de investigação de organização criminosa (pena máxima de 8 anos)”, afirma o juiz na decisão que determinou a prisão.

O empresário Jorge Atherino, apontado pelo MP-PR como operador financeiro de Beto Richa, e Ezequias Moreira, ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores do Paraná, também foram presos. A investigação é tocada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Além das prisões, são cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis da família Richa em Caiobá, no litoral do Paraná, e em Porto Belo (SC).

Ezequias foi citado na colaboração premiada do empresário Eduardo Lopes de Souza. A delação afirma que o ex-secretário participou da arrecadação de dinheiro desviado da reforma e construção de escolas para a campanha de reeleição de Beto Richa para o governo do estado.

No despacho, o juiz determina que as prisões preventivas dos três investigados sejam cumpridas no Complexo Médico Penal do Paraná. O Gaeco informou que a transferência deve acontecer até o começo da tarde de terça-feira. A defesa de Jorge Atherino afirmou que não vai se manifestar no momento. A defesa de Ezequias Moreira informou que se manifestará nos autos do processo.

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https://www.osul.com.br/o-ex-governador-do-parana-beto-richa-volta-a-ser-preso/ O ex-governador do Paraná Beto Richa voltou a ser preso 2019-03-19
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