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Por Redação O Sul | 26 de abril de 2017
O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil-Governos Lula e Dilma) decidiu contratar o escritório de advocacia Adriano Bretas, de Curitiba (PR), para negociar delação premiada com o Ministério Público Federal. A informação foi revelada nesta quarta-feira pelo site O Antagonista.
Preso desde setembro de 2016 na Operação Omertà – desdobramento da Lava-Jato -, Palocci vinha sendo defendido pelo criminalista José Roberto Batochio.
Veterano da advocacia, Batochio é conhecido por sua rígida posição contrária à delação premiada. Não há delatores entre seus clientes.
Acuado, na iminência de ser condenado pelo juiz federal Sérgio Moro em ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-ministro parece mesmo disposto a fazer delação.
Na semana passada, interrogado pelo juiz da Lava-Jato, Palocci já acenou para essa possibilidade – ele disse que tem revelações a fazer, inclusive nomes, que podem levar a Lava-Jato a trabalhar por ao menos mais um ano.
No processo em que é réu, Palocci é apontado como o personagem “Italiano”, que consta da planilha de propinas da empreiteira Odebrecht. Os investigadores suspeitam que ele recebeu R$ 128 milhões da construtora e repassou parte da fortuna ao PT.
“Até o presente momento o advogado de José Roberto Batochio não foi comunicado de qualquer decisão do ex-ministro Antonio Palocci no sentido de celebrar acordo de delação premiada e nem da contratação de advogado para esse fim específico, uma vez que o escritório que defende o ex-ministro não aceita causas com demissão premiada”, afirmou a assessoria do advogado.