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Geral O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro diz que não conseguiu avançar no combate à corrupção por “falta de vontade política”

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Sérgio Moro também defende um mandato fixo para o diretor-geral da Polícia Federal e para o Procurador-Geral da República. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz federal Sérgio Moro afirmou nesta quinta-feira (16) que sua gestão não conseguiu avançar no combate à corrupção e alegou “falta de vontade política maior”, não só do Executivo, como também dos outros poderes.

“Acho que avançamos no combate ao crime organizado. Mas é necessário reconhecer que, no enfrentamento à corrupção, na agenda anticorrupção, ela não conseguiu avançar, por diversos fatores. Seja, basicamente, com a falta, na minha opinião, de uma vontade política maior. E aqui não falo apenas do poder Executivo, mas de outros poderes igualmente”, assinalou o ex-ministro.

De acordo com Sérgio Moro, aprimorar os mecanismos de combate à corrupção no país é necessário também para o crescimento e avanço da agenda econômica.

“O combate à corrupção tem que ser visto em cenário maior. Eu nunca dei uma sentença para condenar alguém por satisfação pessoal. Fiz porque era meu dever. Temos que pensar a Justiça não como algo divino, mas é um dos fatores que limam a produtividade da nossa economia”, completou.

Em live com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), Moro também defendeu um mandato fixo para o diretor-geral da Polícia Federal e para o Procurador-Geral da República (PGR), cujos cargos são escolhidos pelo presidente da República: “Espero que haja vontade política para implementarmos as mudanças necessárias, ainda mais nesse momento da pandemia. Mas tenho minhas dúvidas a respeito.”

“Podemos pensar em ter mecanismos de proteção para a PF, para a Polícia Civil, a Procuradoria-Geral da República, é uma pauta antiga. Mas a minha opinião é que um mandato para o diretor da PF diminuiria essas situações de tensão. Temos que lembrar que não podemos contar com a virtude dos homens públicos em toda e qualquer circunstância. Precisamos ter mecanismos de restrições de decisões [de interferência do Executivo em cargos]”, completou o ex-ministro.

Moro deixou o cargo no governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, após um desentendimento em que Bolsonaro decidiu pela demissão do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. A exoneração foi publicada no Diário Oficial com a assinatura de Moro, mas sem ele estar sabendo da mudança, conforme relevou quando saiu do ministério.

“Gostaria de fazer um esclarecimento. Eu saí do governo e declinei os motivos, não era minha intenção que fosse instalado um inquérito [no STF, para apurar a ação de Bolsonaro no caso]. Essas críticas que eu faço transcendem ao atual governo no que se refere à agenda anticorrupção”, disse Moro.

Candidatura à Presidência

Durante o evento, o ex-ministro não descartou e nem confirmou que seria candidato à Presidência da República.

“2022 está muito longe, não sabemos nem como o país vai chegar lá, se chegar bem eventualmente é porque teve um bom governo e isso vai ter consequências eleitorais”, disse Moro. “Precisamos ter conversas mais robustas para quem ser candidato ter projeto de país. Estamos saindo de uma década perdida de crescimento.(…) os problemas que tínhamos antes [da pandemia] não vão sumir com a pandemia”, salientou. As informações são do portal de notícias G1.

 

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