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Mundo O ex-prefeito de Caracas desembarcou em Madri após uma fuga “cinematográfica” de sua prisão domiciliar na Venezuela

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Antonio Ledezma (E) foi recebido pelo presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy. (Foto: Reprodução/Twitter)

O ex-prefeito de Caracas (Venezuela) Antonio Ledezma anunciou que viajará pelo mundo para denunciar a ditadura do presidente venezuelano Nicolás Maduro e pediu autocrítica da oposição ao chegar neste sábado (18) em Madri, na Espanha. De Bogotá (Colômbia), Ledezma chegou no aeroporto de Madri após fugir de sua prisão domiciliar. O líder opositor conseguiu entrar na Colômbia pela cidade de Cúcuta, que faz fronteira com a Venezuela, após uma “travessia cinematográfica”, segundo ele, de seu país, onde cumpria pena desde 2015, por uma suposta conspiração contra Maduro. As informações são do jornal O Globo, da agência de notícias AFP e do Twitter de Ledezma.

O líder opositor, de 62 anos, encontrou sua mulher Mitzy e suas filhas Antonietta e Mitzy, que moram na Espanha, e que, segundo ele, não sabiam de sua decisão de escapar. Ledezma também foi recebido pelo ex-presidente da Colômbia Andrés Pastrana e um punhado de simpatizantes com bandeiras venezuelanas.

“Vou me dedicar a viajar pelo mundo, contribuirei no exílio para ser uma extensão da esperança dos venezuelanos de sair deste regime, dessa ditadura”, disse Ledezma à imprensa.

O ex-prefeito de Caracas se reuniu neste sábado com o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy. “Tive uma conversa de uma hora e meia na Moncloa com @marianorajoy que ratifica o apoio à luta pela liberdade na Venezuela”, escreveu Ledezma em sua conta no Twitter.

“O Presidente @marianorajoy nos disse para nos sentirmos em nossa própria casa. Insisti em ser a voz de todos os prisioneiros políticos, perseguidos e exilados venezuelanos que sofrem as injustiças do regime”, acrescentou.

Também pelo Twitter, Rajoy se declarou “satisfeito com a liberdade” de Antonio Ledezma. “A Espanha está com a democracia, os direitos humanos e o povo venezuelano”, escreveu o líder espanhol.

Rajoy manifestou diversas vezes sua simpatia pela oposição venezuelana e não reconheceu a Assembleia Constituinte do país, instalada por Maduro e denunciada como ilegítima pelos opositores.

De Madri, Ledezma pediu que a oposição preste atenção e criticou as incoerências de alguns dos seus integrantes, pedindo autocrítica, num momento em que os opositores se preparam para dialogar nos dias 1 e 2 de dezembro com o governo Maduro na capital da República Dominicana. O ex-prefeito falou contra a decisão de quatro governadores opositores eleitos em outubro, que se juramentaram ante à Assembleia Constituinte, mas sem citar nomes. A oposição venezuelana está dividida desde a decisão dos quatro: o ex-candidato à Presidência Henrique Capriles anunciou que abandonaria a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) até a saída de Henry Ramos Allup, líder da Ação Democrática (AD), partido dos quatro eleitos que tomaram posse na Constituinte.

“No momento, a única coisa boa que o governo teve foi os erros cometidos pela liderança da oposição, que eu convido da Espanha a fazer uma autocrítica para retificar”, disse Ledezma a jornalistas. “A oposição deve encontrar a bússola que perdeu, após umas incoerências que nos prejudicaram muito quando a Venezuela está a ponto do colapso definitivo. Enquanto o mundo inteiro diz à Venezuela que nos apoia porque não conhece a Assembleia Nacional Constituinte, ilegítima e consequência de uma das fraudes mais grotescas conhecidas no mundo, há líderes que se chamam de oposição que a reconhecem.”

O ex-prefeito indicou que trabalhará dentro do movimento Sou Venezuelana, encabeçado pela ex-deputada e destacada líder opositora María Corina Machado. Ledezma ainda criticou as condições do próximo diálogo com o governo Maduro, afirmando que na realidade é um “truque” com o qual o presidente quer se divertir com os venezuelanos. Minutos antes de sua chegada, Pastrana disse que a partir de agora Ledezma será a voz daqueles que não têm voz na Venezuela, juntamente com Maria Corina Machado, a sociedade civil e intelectuais.

Já Maduro tratou a fuga de Ledezma com ironia, pedindo na sexta-feira (17) que Madri não o devolva. “Hoje fugiu Antonio Ledezma, o vampiro voando livre pelo mundo, foi protegido pela Espanha para viver a grande vida e para ir beber vinho na Gran Vía”, disse em um evento em Caracas. “Não o devolvam.”

Ledezma, um dos presos políticos mais emblemáticos da Venezuela junto com Leopoldo López, assegurou que pode fugir com ajuda de militares venezuelanos e justificou a sua decisão dizendo que membros da Inteligência venezuelana lhe informaram de um suposto plano do governo contra ele.

“Quando vivia como um filme de James Bond, fiz esta viagem de mais de 24 horas, passando 29 pontos de controle e assumindo todos os riscos, só estava pensando no valor da liberdade. E hoje, quando chego na Espanha, sinto-me livre”, disse Ledezma a jornalistas no aeroporto de Madri.

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