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Mundo O Exército de Israel registrou um número recorde de mulheres em combate

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2,7 mil mulheres se alistaram nas unidades de combate. (Foto: Reprodução)

O Exército israelense anunciou no domingo que o número de mulheres em suas unidades de combate bateu o recorde este ano.

No total, 2,7 mil mulheres se alistaram nas unidades de combate, indicou um oficial, referindo-se às cifras divulgadas após o recrutamento de novembro.

Março e novembro são os dois principais períodos de recrutamento pelo Exército israelense. O serviço militar obrigatório, sendo de dois anos e oito meses para os homens e de dois anos para as mulheres. A maioria dos recrutas servem em unidades mistas.

Segundo o oficial, a proporção de mulheres entre os guardas fronteiriços passou de 15% para 35% em três ou quatro anos.

Sobre o recrutamento de judeus ultraortodoxos, a fonte indicou que a meta do governo, de 3,2 mil alistados, não foi alcançada, e apenas 2,85 mil aceitaram realizar o serviço militar.

O serviço militar dos ultraortodoxos é alvo de debate há tempos. Costuma gerar enfrentamentos entre membros desta comunidade (cerca de 10% da população israelense) e a polícia.

Alistamento

A RAF (Força Aérea Real, na sigla em inglês) já abriu inscrições. Em 2018, será a vez da Marinha. Nos EUA, o processo começou em 2016, com o alistamento feminino para unidades como a famosa Navy Seals. Em 27 de novembro, foi anunciado que 22 mulheres conseguiram passar pelo primeiro treinamento.

O Bardelás, criado em 2015, é o segundo batalhão misto do Exército de Israel. O primeiro foi o Caracal, em 2000, que, por anos, foi considerado apenas um tubo de ensaio para mulheres mais ousadas. Depois do Bardelás, no entanto, outros dois batalhões surgiram: o Leões do Jordão e o novíssimo Leão do Vale.

Eles refletem o interesse das mulheres em uma participação mais igualitária nas Forças Armadas em um país no qual a segurança é prioridade e farda confere prestígio.

Para dar chance às soldados, o general Mordechai Kahana decidiu, em agosto, baixar a altura da parede de escalada pela qual todos os recrutas da infantaria têm que passar no treinamento final. Ele também aceitou diminuir o peso dos coletes das soldados durante os exercícios.Paralelamente, foi anunciado que 13 soldados mulheres das Forças Blindadas começarão a patrulhar a fronteira de Israel com o Egito, em três tanques, em dezembro.

Tudo isso atraiu a atenção dos que consideram as medidas um perigo para a segurança nacional.

A ONG Irmãos em Armas lançou campanha dizendo que mulheres desviam a atenção dos homens em batalhas, além de serem mais fracas e mais suscetíveis a lesões.

Outro grupo de 70 oficiais da reserva divulgou carta pedindo a suspensão do alistamento. “Esse processo coloca sobre o Exército uma nuvem negra e perturbadora”.

Em resposta, 350 oficiais da reserva, homens e mulheres, divulgaram carta em prol da integração feminina em posições de combate.

Assédio

Outras preocupações dão as caras quando se fala na convivência entre moças e rapazes de 18 a 21 anos em bases mistas. Apesar de os dormitórios e banheiros serem totalmente separados, jovens dos dois sexos convivem a maior parte do tempo. Durante o serviço militar em Israel, 1 em cada 6 mulheres reclama de assédio. Não há números específicos quanto a batalhões mistos, mas a preocupação é clara.

Há sentinelas que evitam que os rapazes entrem nos dormitórios das moças e vice-versa. Quando o batalhão pernoita em campo, a tenda das mulheres é separada da dos homens por um pano. Na prática, só 58% das moças de 18 anos, em Israel, vestem o uniforme militar. As casadas, grávidas e religiosas são dispensadas. Até 2000, serviam num Exército “paralelo”: a Corporação das Mulheres (“Chen”, na sigla em hebraico). Só em 2001 as mulheres passaram a fazer parte das Forças Armadas “reais”.

Hoje, 85% das posições militares estão abertas a elas. Já ultrapassam os homens no percentual de oficiais: 57% contra 43%. Mesmo assim, o estigma ainda é grande.

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https://www.osul.com.br/o-exercito-de-israel-registrou-o-numero-recorde-de-mulheres-em-combate/ O Exército de Israel registrou um número recorde de mulheres em combate 2017-12-04
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