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Mundo O Exército de Mianmar prendeu líderes governistas e tomou o poder em um golpe militar

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A líder civil Aung San Suu Kyi é vencedora do Nobel da Paz de 1991. (Foto: EBC)

Por meio de um golpe de Estado contra o governo democraticamente eleito da líder Aung San Suu Kyi, militares de Mianmar (antiga Birmânia, no Sul da Ásia) tomaram o poder nesta segunda-feira (1º). Vencedora do Nobel da Paz, ela foi preso junto com outros líderes de seu partido. União Europeia, Estados Unidos a outros países condenaram o movimento.

O Exército, que afirmou ter efetuado as detenções em resposta a uma suposta fraude eleitoral, impôs estado de emergência por um ano e entregou o poder ao chefe das Forças Armadas, Min Aung Hlaing. As Forças Armadas evocaram os poderes que lhes são atribuídos pela Constituição, redigida pelos próprios militares, permitindo-lhes assumir o controle do país em caso de “emergência nacional”.

O golpe atinge anos de esforços apoiados pelo Ocidente para estabelecer a democracia em Mianmar, onde a vizinha China também exerce grande influência.

Os militares tomaram o poder horas antes da primeira sessão parlamentar desde a vitória esmagadora da Liga Nacional pela Democracia (NLD) nas eleições gerais de 8 de novembro passado, consideradas um referendo sobre o governo democrático de Suu Kyi. Ela ocupava desde 2016 o cargo de conselheira de Estado, semelhante ao de primeiro-ministro.

As conexões de telefone e internet na capital, Naypyitaw, e em Yangon, centro comercial do país, foram interrompidas, e a televisão estatal saiu do ar depois de Suu Kyi, o presidente Win Myint e outros líderes da NLD terem sido detidos nas primeiras horas da manhã.

Após o golpe, forças de segurança bloquearam ruas e passaram a vigiar as residências de parlamentares na capital, proibindo os moradores de deixarem suas casas, disseram legisladores.

Impasse

As detenções e a tomada de poder pelos militares ocorreram após tensão crescente entre o governo civil e os militares devido à eleição de novembro, na qual o partido de Suu Kyi obteve 83% dos votos. Foi a segunda eleição no país desde que uma junta militar concordou em compartilhar o poder, em 2011, após décadas de ditadura.

Os militares denunciaram irregularidades no pleito, mas a Comissão Eleitoral de Mianmar negou que tenha havido qualquer fraude eleitoral.

Em uma página verificada da NLD no Facebook foi publicado um comunicado supostamente escrito em antecipação ao golpe, citando Suu Kyi dizendo que ações do Exército colocariam Mianmar “de volta sob uma ditadura”.

“Exorto as pessoas a não aceitarem isto, a responderem e a protestarem de todo coração contra o golpe dos militares”, cita o texto. A agência de notícias Reuters afirma que não conseguiu confirmar a veracidade do comunicado com a NLD.

Apoiadores dos militares celebraram o golpe, desfilando por Yangon em camionetes e agitando bandeiras nacionais, enquanto ativistas pró-democracia manifestaram indignação.

“O nosso país era um pássaro que estava apenas a aprender a voar. Agora o Exército cortou as nossas asas”, disse o ativista estudantil Si Thu Tun.

Eleitores da NLD também repudiaram o ocorrido. “A NLD é o governo em que votamos. Se estão infelizes com o resultado, podem convocar outra eleição. Um golpe de Estado não é aceitável”, disse uma mulher que se recusou a ser identificada, cujo marido trabalha para os militares.

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