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Mundo O Facebook é acusado de permitir o direcionamento de propagandas e grupos antissemitas

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Organização afirma que categorias como "odiadores de judeus" constavam para espaços publicitários. (Foto: Reuters)

O Facebook é acusado de permitir que propagandas na rede social fossem direcionadas a grupos de ódio antissemitas, segundo uma reportagem publicada nesta quinta-feira (14) pela organização de jornalismo sem fins lucrativos americana ProPublica. Entre as opções disponíveis na hora da compra de publicidade direcionada, estavam as categorias “odiadores de judeus” e “história de ‘porque os judeus arruinaram o mundo'”.

De acordo com o texto, a compra podia ser realizada por US$ 30 (R$ 93), fazendo com que a propaganda aparecesse nos feeds de notícias pessoais de cerca de 2 mil usuários da rede social. As publicações foram aprovadas pelo Facebook em 15 minutos.Após contato da ProPublica, a rede social removeu as categorias antissemitas, que haviam sido criadas automaticamente por algoritmos, e afirmou que procuraria maneiras de concertar o problema.

“Há vezes em que o conteúdo surge na nossa plataforma que viola nossos padrões”, afirmou o diretor de gerenciamento de produtos do Facebook, Rob Leathern, à reportagem. “Neste caso, removemos os campos de direcionamento em questão. Sabemos que temos mais trabalho a fazer, então estamos construindo novas proteções em nossos processos de produtos e revisões para previnir outros problemas como esse de acontecer no futuro.”

Google

O Google, da Alphabet, disse que desabilitou a “maioria” das palavras-chave ofensivas que o BuzzFeed encontrou que poderiam ser usadas por publicitários para atingir pessoas que pesquisam tópicos racistas e antissemitas.

“Já desativamos essas sugestões e os anúncios relacionados, e trabalharemos mais para impedir que isso aconteça novamente”, disse por e-mail Sridhar Ramaswamy, vice-presidente de anúncios do Google. A informação chega depois que o Facebook desabilitou temporariamente uma ferramenta que permitia aos publicitários segmentarem seu público-alvo com base nos dados de educação e trabalho informados pelos usuários, depois que foi revelado que o recurso permitia a segmentação com base em tópicos antissemitas.

Polônia

A comunidade judaica na Polônia teme por sua segurança por causa do aumento do antissemitismo no país, onde antes da II Guerra Mundial viviam cerca de 3,3 milhões de judeus, ou 10% da população polonesa na época, um número que atualmente ficou reduzido a apenas 10.000 pessoas. Devido a esse temor, representantes da comunidade judaica local decidiram escrever para o politico mais influente do país, Jaroslaw Kaczynski, líder do partido governista Lei e Justiça, para pedir que condene o antissemitismo crescente.

“Nos vemos obrigados a escrever esta missiva diante da inquietação por nossa segurança consoante a situação no país se torna para nós mais perigosa”, afirmam na carta os líderes da comunidade judaica na Polônia, Leslaw Piszewski, e na capital Varsóvia, Anna Chipczynska.

Ambos ressaltam que “as atitudes antissemitas aumentaram na Polônia nos últimos meses, junto com uma radicalização de parte da sociedade que contribui para atitudes agressivas, de ódio e violência contra a comunidade”. A denúncia não é nova, já que, em janeiro, um estudo apresentado pelo Centro de Pesquisa sobre Preconceitos da Universidade de Varsóvia revelou que o ódio aos judeus aumentou nos últimos dois anos, especialmente entre jovens, e alertou para um “alarmante” aumento do discurso antissemita na internet.

O antissemitismo cresce na Polônia alimentado pela crise dos refugiados vivida pela Europa e pela atitude de políticos locais e veículos de imprensa, enquanto aumenta também o número de agressões com motivação xenofóbica, segundo o mesmo estudo. Exemplos dessas atitudes de ódio, especialmente antissemitas, são frequentes na Polônia, onde regularmente ocorrem, por exemplo, profanações de cemitérios judeus, com pichações ou destruição de lápides, afirmou à Agência Efe o diretor da “Nigdy Wiecej”, Rafal Pankowski, uma ONG que desde 1996 luta contra o racismo e a xenofobia no país centro-europeu. Pankowski definiu os dados como “alarmantes” e destacou que desde meados de 2015 acontecem cinco ou mais agressões xenofóbicas ou racistas por dia, enquanto que em anos anteriores o número de incidentes desse tipo era de cinco a dez por semana.

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https://www.osul.com.br/o-facebook-e-acusado-de-permitir-o-direcionamento-de-propagandas-e-grupos-antissemitas/ O Facebook é acusado de permitir o direcionamento de propagandas e grupos antissemitas 2017-09-15
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