Sexta-feira, 23 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2019
O Facebook anunciou nesta semana uma série de novidades durante a sua conferência F8. A principal delas envolve uma mudança completa no aplicativo da rede social, sendo que o Instagram também recebeu atenção especial da empresa de Mark Zuckerberg. No entanto, o que deixou muita gente curiosa é como a rede social conseguirá unificar todas as suas plataformas de mensagens instantâneas. Isso porque o próprio Zuckerberg chegou a anunciar que o WhatsApp, o Messenger e o Instagram Inbox devem ser integrados em uma única plataforma no futuro.
Durante a conferência desta semana, o Facebook chegou a dar uma “pincelada” no assunto, mas ainda deixou muitas lacunas a serem preenchidas. Com isso, ainda não é possível saber se a empresa vai unificar a experiência em um único aplicativo ou vai manter os três de forma independente.
A única coisa que parece óbvia no momento é que essa integração já está sendo montada nos bastidores. Assim, logo mais os usuários poderão acessar os seus contatos do Facebook Messenger direto do WhatsApp, por exemplo. Isso porque a base de dados deve ser unificada. Além disso, mantendo a sua promessa, o Facebook garante que deve oferecer a criptografia de ponta a ponta que vemos no WhatsApp. Entretanto, esse processo de fusão será um tanto lento e longo. Mesmo assim, já existe um movimento de usuários que pedem que a empresa ofereça uma opção para aqueles que não querem ter essa integração.
Por enquanto, apesar de manifestar a sua intenção, o Facebook não forneceu mais detalhes sobre quando essa integração estará pronta. De toda forma, a rede social já confirmou que esse é o futuro das suas plataformas de mensagens.
Poder de Mark Zuckerberg
Ninguém mais no Vale do Silício tem tanto poder sobre um gigante da tecnologia quanto Mark Zuckerberg, 34, o co-fundador, presidente-executivo, presidente do conselho de administração e acionista majoritário do Facebook, a rede social com mais usuários no mundo (cerca de 2,4 bilhões).
Durante anos, poucos consideraram tal controle um problema. Até que as coisas começaram a ir mal para a companhia. “Eu sei que não temos hoje exatamente a melhor reputação em termos de privacidade [dos usuários], para dizer o mínimo”, disse Zuckerberg em discurso nesta semana na conferência anual de desenvolvedores da empresa em San Jose, no Vale do Silício.
Ele sorriu, desconfortável, mas a plateia não estava retribuindo – porque essa reputação deixou usuários chateados, políticos fervilhando, reguladores planejando e investidores nervosos. Há uma pressão crescente para Zuckerberg rever se deve manter, de fato, todas as posições em seu nome. E, enquanto os EUA entram em seu próximo ciclo eleitoral, o desejo de demonstrar firmeza no Vale do Silício tem levado candidatos à Presidência do país a apelarem para que o poder de Zuckerberg seja fortemente diluído, quer ele queira ou não.