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Mundo O FMI prevê que a inflação na Venezuela chegue a 10.000.000% ao ano; o desemprego pode chegar a 44,3%

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Nesta semana, Maduro listou nomes de 55 militares que expulsou. (Foto: Reprodução)

Ao divulgar nesta terça-feira (9) o novo relatório sobre as projeções para a economia mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a prever que a inflação na Venezuela chegará a 10.000.000%. Conforme o relatório, o país governado por Nicolás Maduro deverá alcançar, ainda, o percentual de 44,3% da população sem emprego.

Para comparação: em 1993, ano que antecedeu o lançamento do real, a inflação no Brasil foi de 2.477,15%. Basta ler o livro “Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda”, da jornalista Miriam Leitão, para saber como era viver naquele período.

A inflação de dez milhões por cento é apenas uma das faces da tragédia venezuelana. A economia deve encolher 25% este ano, isso depois de já ter caído 18% no ano passado.

Num quadro desses, a situação da Venezuela vai muito além do que se pode chamar de uma crise econômica. “Crise humanitária”, tem dito a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.

O resgate da Venezuela, quando chegar a hora, será uma façanha. A produção de petróleo, que era de 3 milhões de barris por dia, já caiu para perto de 1 milhão de barris. O petróleo é quase que a única fonte de receita em dólar e a principal fonte de arrecadação de tributos do governo.

A PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo, se endividou e perdeu capacidade gerencial (funcionários foram demitidos por razões políticas e substituídos por militares em postos de comando e por cubanos).

Endividada, a empresa não conseguiu investir para sustentar a produção. Nos meios financeiros internacionais, a estimativa é de que a Venezuela deve à China mais de US$ 60 bilhões.

Com a Vulnerabilidade financeira da Venezuela, a China, como a grande credora, e ao mesmo tempo dependente do fornecimento externo de petróleo, tem interesse estratégico em dar suporte a Nicolás Maduro. Um grande incômodo para Donald Trump.

Oposição

O opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, disse nesta terça ter mantido contatos “muito discretos” com militares venezuelanos e ressaltou que a esmagadora maioria das Forças Armadas de seu país quer uma mudança do governo.

“Tivemos comunicações muito discretas, é claro, com os militares, mas não é o momento de dar alguns detalhes porque infelizmente aqui (na Venezuela) se vive uma ditadura. A perseguição está na ordem do dia”, disse Guaidó em entrevista à rádio RPP.

Segundo ele, 91% dos venezuelanos querem uma mudança no governo do presidente Nicolás Maduro “e isso não foge das Forças Armadas”.

“A família militar e todos aqueles que estão vinculados à crise na Venezuela sabem o que vivem”, disse.

Para Guaidó, há “algumas características importantes de mal-estar” nos membros das Forças Armadas, que ele considera “o último apêndice de apoio ao regime ditatorial” de Maduro.

Ele garantiu que as forças de oposição “continuarão a lutar pacificamente, não violentamente, mas de forma muito contundente para alcançar esse passo adicional e recuperar a democracia”.

Guaidó denunciou a existência de mil presos políticos em seu país, incluindo seu chefe de gabinete, Roberto Marrero. Os responsáveis pelas empresas de som usadas nas manifestações da oposição também foram brevemente detidos e devem se apresentar aos tribunais. Ele afirma, entretanto, que apesar da perseguição, o apoio cresce.

Guaidó se auproclamou presidente interino em 23 de janeiro, depois que o parlamento, que tinha uma maioria de oposição, declarou Maduro “usurpador” da presidência, por uma eleição de “fraudulenta”.

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