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Por Redação O Sul | 29 de junho de 2016
Em um inverno que promete ser bem mais rigoroso do que o do ano passado, a possibilidade de sofrer com as doenças respiratórias aumenta e tira o sono de muita gente, principalmente quando o assunto é pneumonia.
A patologia é uma das mais temidas porque leva boa parte dos pacientes diagnosticados com os sintomas à internação. Somente em 2015, a pneumonia foi responsável por 11,3 milhões de internações hospitalares e 475 mil mortes no País.
O infectologista Jessé Reis Alves, do Instituto Emílio Ribas, aponta que é em lugares como academias que o perigo mora. “O vento gelado deixa as vias nasais mais vulneráveis às bactérias e o ambiente fechado aumenta a transmissão das doenças, por meio de secreções nasais, como espirro e tosse.”
Patologia.
Pneumonia é uma inflamação ou infecção nos pulmões. Geralmente é causada por bactérias, mas também pode ter como causa vírus ou fungos.
A doença provoca o acúmulo de líquido nos pulmões. A inflamação afeta os alvéolos do pulmão, que está relacionada com a troca do oxigênio. A patologia tanto pode atingir um ou os dois pulmões. Quando os dois órgãos são afetados, os riscos são maiores.
A maioria das infecções é causada pela bactéria pneumococo. Ela também causa enfermidades como meningite e bacteremia (infecção da corrente sanguínea). A bactéria é transmitida de pessoa para pessoa por contato direto com secreções respiratórias, como saliva e muco.
Sintomas.
Entre os sintomas de pneumonia estão a febre alta, tosse com catarro, dificuldade de respirar, indisposição e diminuição no apetite, dor no tórax e alterações da pressão arterial.
Prevenção e tratamentos.
Se encontrar alguém com o sintoma, evite o contato. As pessoas com qualquer sintoma de gripe devem usar máscara para evitar transmitir a doença a outras pessoas.
O tratamento da pneumonia requer o uso de antibióticos, e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. Alguns tratamentos naturais também podem ajudar, como chás, principalmente os de borragem, pulmonária, mil-folhas, tansagem.
A internação hospitalar para pneumonia pode fazer-se necessária principalmente quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria doença, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
Grupo de risco.
A partir dos 2 anos de idade, a criança precisa receber a vacina que protege contra a pneumonia, causada pelas bactérias pneumocócicas. Os idosos com mais de 60 anos também fazem parte do grupo de risco e, obrigatoriamente, têm de ser imunizados.
“As crianças e os idosos são os dois extremos que aumentam muito a mortalidade quando são infectados, mas também há as pessoas que possuem alguma comorbidade, como diabetes ou doenças cardíacas que são mais vulneráveis”, explica o pneumologista Oliver Nascimento.